Anuário 9, onde anda?

Pelo menos em Outubro de 2014 o CPR estava a funcionar, fui contactado por eles nessa altura após fazer o registo de 1 raridade.

Há vários membros do CPR neste fórum, algumas explicações não seriam mal vindas.

Há uma coisa que ainda não consegui entender, se ainda não saiu o Anuário 9 porque me pediram em Novembro de 2014 uma foto para o Anuário 10??

José Frade escreveu:Há uma coisa que ainda não consegui entender, se ainda não saiu o Anuário 9 porque me pediram em Novembro de 2014 uma foto para o Anuário 10??

Pois, a mim pediram-me para o 9 e o 10, já que era suposto saírem seguidos.

pedro121 escreveu:

José Frade escreveu:Há uma coisa que ainda não consegui entender, se ainda não saiu o Anuário 9 porque me pediram em Novembro de 2014 uma foto para o Anuário 10??

Pois, a mim pediram-me para o 9 e o 10, já que era suposto saírem seguidos.

Nesta altura já devia ter saído o 13...

Gonçalo Elias escreveu:

Nesta altura já devia ter saído o 13...

para sermos justos convém frisar que o anuário já anteriormente ficou desaparecido durante alguns anos e depois recomeçou a funcionar.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:

Nesta altura já devia ter saído o 13...

para sermos justos convém frisar que o anuário já anteriormente ficou desaparecido durante alguns anos e depois recomeçou a funcionar.

Não é bem assim... quando isso aconteceu (1999 a 2001) nem sequer havia anuário... havia um relatório que saía na Pardela...

Gonçalo Elias escreveu:
Não é bem assim... quando isso aconteceu (1999 a 2001) nem sequer havia anuário... havia um relatório que saía na Pardela...

vai dar ao mesmo.

PNicolau escreveu:Há vários membros do CPR neste fórum, algumas explicações não seriam mal vindas.

Há?

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:
Não é bem assim... quando isso aconteceu (1999 a 2001) nem sequer havia anuário... havia um relatório que saía na Pardela...

vai dar ao mesmo.

Não vai não... creio que vale a pena recordar aqui o que aconteceu nessa altura.

Uma das razões que concorreu para o interregno que houve entre 1999 e 2001 foi que a SPEA decidiu acabar com a Pardela tal como ela existia, substituindo-a por uma revista de divulgação, na qual os relatórios do CPR não se enquadravam. Isso deixou o CPR "pendurado".

Contactou-se então a equipa do Airo para sondar a viabilidade de incluir os relatórios do CPR no Airo (o que aliás já tinha acontecido entre 1990 e 1995 com os relatórios do extinto CIR), mas a equipa do Airo não aceitou, porque considerou que os relatórios de raridades não se enquadravam no Airo, que tinha passado a ser uma revista científica.

Ao serem-lhe barrados os dois canais que haviam sido utilizados anteriormente (Airo e Pardela), o CPR ficou sem soluções para publicar o relatório e isso contribuiu de forma significativa para o atraso do mesmo. Foi nessa altura que se decidiu criar uma publicação independente (o Anuário Ornitológico), cujo primeiro volume saiu em Março de 2003 e continha o relatório referente aos anos de 1999, 2000 e 2001. A partir daí os anuários saíram anualmente (todos os anos em Março) durante 5 anos consecutivos.

pedro121 escreveu:

PNicolau escreveu:Há vários membros do CPR neste fórum, algumas explicações não seriam mal vindas.

Há?

Haver há, mas isso não significa necessariamente que leiam todas as mensagens que por aqui se escrevem.

E mesmo que as leiam, não me parece que tenham obrigação de responder individualmente em nome do grupo de trabalho...

Muito giro:

http://www.birdingetc.com/2015/07/azores-rarities-past-present-and-future.html

"It’s been some time since the committee’s last annual report was published, though two more recent editions are ready and now with SPEA, Portugal's BirdLife partner."

Portanto, basicamente o Anuário 9 e o 10 foram parar à SPEA e desapareceram num buraco negro???

pedro121 escreveu:Muito giro:

http://www.birdingetc.com/2015/07/azores-rarities-past-present-and-future.html

"It’s been some time since the committee’s last annual report was published, though two more recent editions are ready and now with SPEA, Portugal's BirdLife partner."

Portanto, basicamente o Anuário 9 e o 10 foram parar à SPEA e desapareceram num buraco negro???

Interessante. Eu desde há pelo menos 10 anos que defendo que os registos dos Açores deveriam ser tratados separadamente (por um grupo diferente?), pois o número de registos é realmente enorme, com tendência a crescer, e sempre me fez alguma confusão que o relatório do continente fosse penalizado por causa dos Açores. Aliás já escrevi sobre isso neste mesmo tópico em Maio passado (ver página 3).

A solução agora descrita pelo DM

An interesting new initiative, the Azores Rare and Scarce Bird Report, got under way last year with the first instalment covering 2013 – my review of this publication will appear in September’s Birdwatch.

vai exactamente nesse sentido: ainda que não sendo um relatório formal, foi produzido um relatório autónomo abrangendo apenas os Açores e não a totalidade do território nacional.

Mais interessante é finalmente sabermos onde anda o anuário 9!! Anda na SPEA(Sociedade Portuguesa para a Extinção dos Anuários)!

No teu post referes os anuários 9 e 10, no entanto a interpretação que faço de "two more recent editions are ready" é a de que poderá tratar-se de um único anuário (o númeor 9) com um relatório de dois anos, como já aconteceu no passado.

Gonçalo Elias escreveu:No teu post referes os anuários 9 e 10, no entanto a interpretação que faço de "two more recent editions are ready" é a de que poderá tratar-se de um único anuário (o númeor 9) com um relatório de dois anos, como já aconteceu no passado.

Sim, é possível, mas eu tinha a ideia de que seriam separados, caso contrario não seriam duas edições, mas sim uma abrangendo dois ou mais anos.

este tardar do anuário tem algumas consequências giras, o 1º é o incrível numero de Primeiros para Portugal que não estão validados, depois temos a discrepância entre o numero de registos e o numero de registos aceites pelo CPR, em muitas das espécies o numero de registos aceites é maior ou semelhante ao numero de não aceites, mas existem algumas situações cómicas:

1º Falcão-de-pés-vermelhos, só temos 2 registos validados...
2º Felosa-aquatica, 8 registos, isso é menos que a media anual actual
3º Felosa-assobiadeira, 3 registos aceites, num total de 24...
6º Felosa bilistada, 14 registos aceites, o que não parece mau até vermos que há mais de 60 registos...
7º Franga-d'agua-bastarda, 2 registos aceites... nem comento
8º Gaivota do Cáspio, 10% dos registos aceites
9º Gaivota Hiperborea
10º Gaivota Prateada, 12 registos aceites...
11º Petinha-silvestre, o meu favorito, 1 registo aceite

Lol a Larus argentatus.........

PNicolau escreveu:Lol a Larus argentatus.........

Sim, 12 aceites é mesmo fixe.

Larus glaucoides, Fulica cristata e Gavia stellata vão pelo mesmo caminho

Gonçalo Elias escreveu:Larus glaucoides, Fulica cristata e Gavia stellata vão pelo mesmo caminho

Sim, eu só coloquei aquelas que tinham maiores diferenças, existe uma serie de espécies com diferenças serias, próximas ou maiores dos 50%.

Isto para dizer que nos últimos anos houve varias situações não pontuais que alteraram profundamente as ocorrências de uma serie de especies, especialmente nas gaivotas e nos patos.

A gaivota polar é um bom exemplo, até 2009 ela não era anual, alias era relativamente rara tendo apenas 10 registos, depois deu o salto e passou a ser anual, e mesmo descontando os anos de influxo é agora expectável esperar 2-4 aves por ano, todos os anos, o galeirão de crista já era anual entre 2000-2010, mas agora para alem de ser anual ocorre em números algo elevados anualmente, a mobelha-pequena passou a ser anual, mas a mobelha-grande para alem de ser anual passou a ser uma invernante escassa e localizada, com muitos mais registos por ano que uma não raridade como o zarro-bastardo.

E nestas espécies o aumento de registos não parece ser pontual, é estável ou está a aumentar, devido certamente a factores diferentes, mas tendo como factor comum o aumento do numero de observadores e o maior usos de maquinas-fotograficas.

pedro121 escreveu:
A gaivota polar é um bom exemplo, até 2009 ela não era anual, alias era relativamente rara tendo apenas 10 registos, depois deu o salto e passou a ser anual, e mesmo descontando os anos de influxo é agora expectável esperar 2-4 aves por ano, todos os anos (...)

Até (pelo menos) ao final do mês passado andava 1 polar e 1 hyperboreus em Matosinhos desde prai Setembro ou Outubro de 2014.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:No teu post referes os anuários 9 e 10, no entanto a interpretação que faço de "two more recent editions are ready" é a de que poderá tratar-se de um único anuário (o númeor 9) com um relatório de dois anos, como já aconteceu no passado.

Sim, é possível, mas eu tinha a ideia de que seriam separados, caso contrario não seriam duas edições, mas sim uma abrangendo dois ou mais anos.

é possível, aliás o Anuário 1 continha um relatório trianual (1999-2000-2001).

LuisMM escreveu:
Até (pelo menos) ao final do mês passado andava 1 polar e 1 hyperboreus em Matosinhos desde prai Setembro ou Outubro de 2014.

Sim nesses casos, alias em todos os casos é preferível esperar que a ave vá embora antes de enviar o registo, sempre se evita ter que enviar info adicional sobre a data de partida.

A propósito de registos, e do anuário, cada vez fico mais convencido que o mais importante era uma TR actualizada regularmente, e que os registos da TRp sejam removidos para a TR depois de processados, eu estive a ver ambas as tabelas e a TRp é assustadora, com muitos registos a precisarem de acompanhamento.