EVOA - Ponta da Erva

na minha opinião não me importo de pagar desde que não seja exagerado... o que também pode, sendo exagero não ter visitantes...
e se tiver condições , que parece que tem, e der para ver espécies diferentes do normal e com alguma proximidade melhor ainda .....
quanto aos visitantes indesejados , já há uma grande selectividade dado a necessidade do cartão ...
a ver vamos ....

Gonçalo Elias escreveu:

Inocêncio Oliveira escreveu:Sou a favor de pagamentos em locais privados e não em locais construídos com fundos públicos.

A questão é complexa, de facto.

O que dizes tem uma certa lógica, mas por essa ordem de ideias também deveria ser gratuito o acesso a museus, monumentos, e tudo o mais que fosse público, concordas? Ou seja, na base de que "é público, é gratuito".

A posição é defensável, mas a partir do momento em que o acesso é livre e gratuito, também se deve debater a pertinência de o Estado estar a investir neste tipo de infraestruturas. Eu posso achar uma boa ideia que o Estado construa abrigos e outras infraestruturas em todas as áreas protegidas, mas outros poderão achar que isto é um desperdício e que as verbas deveriam ter outro destino. O mesmo em relação à cultura (museus, monumentos, etc.).

A cobrança de uma pequena taxa contribui para a sustentabilidade, pelo menos em teoria, isto é, ajuda a justificar a manutenção... ao mesmo tempo que afasta visitantes indesejados que, pelo seu comportamento, poderiam fazer disparar os custos de manutenção.

Estamos a falar em zonas de reservas Naturais que nunca podem ser equiparadas a museus e monumentos e essa máxima “do que é público é gratuito” nunca por mim foi mencionada.

A Evoa está num local privado mas quem vai investir vai ser a Secretaria do Ambiente, segundo o tópico “Vila Franca de Xira: Governo reconhece interesse público do EVOA”, e por que razão só agora este interesse? Há anos que é uma zona de interesse ornitológico reconhecida e só agora pensam em restringir o acesso, qual o motivo? Muitos fotógrafos e uma fonte de receitas?

Quanto à ajuda para justificar a manutenção volto a referenciar o caso da RN da Ria Formosa e também outro caso gritante é o do Gerês que se paga uma taxa para atravessar a mata da Albergaria (Maio a Setembro) com o intuito de afastar os tais indesejáveis e o que é de lamentar é que, após minha reclamação deste caso ao ICNB responderam que era para manutenção dos trilhos. Não sei se conhecem mas o trilho mais próximo é o dos carris que mais parece caminho de cabras e tapado por giestas o que já não acontece porque num dos últimos incêndios destruiu uma boa parte da área “protegida”. Pelos vistos os indesejáveis ainda lá continuam, o que é certo a taxa a mim afastou, agora frequento o P.N.Xurês.

A cobrança de taxas para justificar sustentabilidades e manutenções não se aplica ao nosso país. O Parque Nacional da Peneda Gerês tem à volta de 140 funcionários e apenas 3 são guardas florestais, mas com muitos Arquitectos e Engenheiros, digo eu. (isto há algum tempo atrás segundo uma notícia divulgada por altura dos incêndios no Soajo).

Inocêncio Oliveira escreveu:

A Evoa está num local privado mas quem vai investir vai ser a Secretaria do Ambiente, segundo o tópico “Vila Franca de Xira: Governo reconhece interesse público do EVOA”, e por que razão só agora este interesse? Há anos que é uma zona de interesse ornitológico reconhecida e só agora pensam em restringir o acesso, qual o motivo? Muitos fotógrafos e uma fonte de receitas?

O Governo pode ter reconhecido o interesse publico, mas acho que não meteu 1 € no projecto.

O EVOA não é uma zona de interesse ornitológico reconhecida á anos, a Ponta da erva é que é, o EVOA foi completamente construído pelo homem, com a obras a arrancarem em 2010 salvo erro.

A ponta da ERVA foi posta com acesso restringido, com o uso de Portões e de guardas permanentes, por causa dos roubos e de acções de vandalização.

Diga-se que o sistema de acesso á Ponta da Erva foi daquelas coisas que primeiro estranhou-se e depois entranhou...

Inocêncio Oliveira escreveu:
Quanto à ajuda para justificar a manutenção volto a referenciar o caso da RN da Ria Formosa e também outro caso gritante é o do Gerês que se paga uma taxa para atravessar a mata da Albergaria (Maio a Setembro) com o intuito de afastar os tais indesejáveis e o que é de lamentar é que, após minha reclamação deste caso ao ICNB responderam que era para manutenção dos trilhos.

Dando-te toda a razão em relação ao PNRF, em relação ao do Geres, a questão da taxa é para viaturas, ou tambem para acesso pedestre?

Inocêncio Oliveira escreveu:Estamos a falar em zonas de reservas Naturais que nunca podem ser equiparadas a museus e monumentos e essa máxima “do que é público é gratuito” nunca por mim foi mencionada.

Eu sei que não mencionaste, eu é que perguntei.

Mas porque achas que não podem ser equiparadas? Em ambos os casos se trata de visitar algo que tem valor (cultural ou natural, conforme o caso). Em ambos os casos se trata de cobrar pela prestação de um serviço. E em ambos os casos os locais a visitar estão em localizações privadas - ok, há alguns monumentos que são do Estado mas noutros casos não são.

Inocêncio Oliveira escreveu:A Evoa está num local privado mas quem vai investir vai ser a Secretaria do Ambiente, segundo o tópico “Vila Franca de Xira: Governo reconhece interesse público do EVOA”, e por que razão só agora este interesse? Há anos que é uma zona de interesse ornitológico reconhecida e só agora pensam em restringir o acesso, qual o motivo? Muitos fotógrafos e uma fonte de receitas?

Evidentemente. Desde que passou a haver "valor de mercado" na observação de aves, apareceu logo uma data de gente a ver se conseguia sacar algum. Estado incluído.

Inocêncio Oliveira escreveu:Quanto à ajuda para justificar a manutenção volto a referenciar o caso da RN da Ria Formosa e também outro caso gritante é o do Gerês que se paga uma taxa para atravessar a mata da Albergaria (Maio a Setembro) com o intuito de afastar os tais indesejáveis e o que é de lamentar é que, após minha reclamação deste caso ao ICNB responderam que era para manutenção dos trilhos. Não sei se conhecem mas o trilho mais próximo é o dos carris que mais parece caminho de cabras e tapado por giestas o que já não acontece porque num dos últimos incêndios destruiu uma boa parte da área “protegida”.

Sim conheço, ainda há três meses lá estive, de facto está num estado de conservação lastimável.

Inocêncio Oliveira escreveu:Pelos vistos os indesejáveis ainda lá continuam, o que é certo a taxa a mim afastou, agora frequento o P.N.Xurês.

A que indesejáveis te referes? Aos que passam de carro sem parar?
E porque é que a taxa te afastou? Só pagas se fores de carro e de qualquer forma já nem podias parar, mesmo antes da taxa.

pedro121 escreveu:
O EVOA não é uma zona de interesse ornitológico reconhecida á anos, a Ponta da erva é que é

Eu diria antes: o que tem interesse ornitológico é o estuário do Tejo.

pedro121 escreveu:
Dando-te toda a razão em relação ao PNRF, em relação ao do Geres, a questão da taxa é para viaturas, ou tambem para acesso pedestre?

Só as viaturas é que pagam (e ainda por cima não podem parar).
Os peões não pagam.

Ou seja, uns pagam sem poder usufruir, para outros poderem usufruir sem pagar.

Gonçalo Elias escreveu:
Só as viaturas é que pagam (e ainda por cima não podem parar).
Os peões não pagam.
Ou seja, uns pagam sem poder usufruir, para outros poderem usufruir sem pagar.

Nesse caso o que me parece de todo incorrecto é o pagar sem poder parar, eu não estou familiarizado com a zona, por isso não sei os pontos de interesse, mas suponho que seja interessante parar? Portanto porque pagar para passar de carro? É uma estrada que leve a algum lado?

Gonçalo Elias escreveu:

Inocêncio Oliveira escreveu:Estamos a falar em zonas de reservas Naturais que nunca podem ser equiparadas a museus e monumentos e essa máxima “do que é público é gratuito” nunca por mim foi mencionada.

Eu sei que não mencionaste, eu é que perguntei.

Mas porque achas que não podem ser equiparadas? Em ambos os casos se trata de visitar algo que tem valor (cultural ou natural, conforme o caso). Em ambos os casos se trata de cobrar pela prestação de um serviço. E em ambos os casos os locais a visitar estão em localizações privadas - ok, há alguns monumentos que são do Estado mas noutros casos não são.

Acho que não são comparáveis até porque nos P.N. ou Reservas como a RNET existem sempre estradas ou caminhos (públicos) o que não acontece nos museus ou monumentos, privados ou não

Gonçalo Elias escreveu:

Inocêncio Oliveira escreveu:]Pelos vistos os indesejáveis ainda lá continuam, o que é certo a taxa a mim afastou, agora frequento o P.N.Xurês.

A que indesejáveis te referes? Aos que passam de carro sem parar?
E porque é que a taxa te afastou? Só pagas se fores de carro e de qualquer forma já nem podias parar, mesmo antes da taxa.

Refiro-me aos pirómanos que com certeza não vão a pé para a zona E ás pessoas sem civismo que sujam e degradam aquela zona belíssima do Rio Homem.

Afastou-me pela simples razão de ter que pagar para passar a fronteira (como sabes é um acesso fronteiriço) e visitar P.N.Xurês e com certeza muitos Espanhóis deixaram de visitar a Vila do Gerês por essa altura.

Mesmo agora (Verão) na Portela do Homem há carros estacionados, o trilho cheio de lixo pelo menos nos 1.5 Km iniciais e eu ao questionar o Guarda Florestal, ele informou-me que já tinha visto os carros e mais informou que poderiam ser de apicultores, tirou notas e que iria informar a direcção do Parque para eles tomarem as acções que julgassem apropriadas e que mais não poderia fazer, o que compreendo.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:
Só as viaturas é que pagam (e ainda por cima não podem parar).
Os peões não pagam.
Ou seja, uns pagam sem poder usufruir, para outros poderem usufruir sem pagar.

Nesse caso o que me parece de todo incorrecto é o pagar sem poder parar, eu não estou familiarizado com a zona, por isso não sei os pontos de interesse, mas suponho que seja interessante parar? Portanto porque pagar para passar de carro? É uma estrada que leve a algum lado?

É apenas a estrada N308-1 que é fronteiriça e na zona não abundam

Eu vejo vários problemas com a questão do pagar 10 euros...

1 - Se tivermos que pagar, quase de certeza significará que antes de entrarmos no abrigo teremos que dar contas a alguém...Ora isso significa que os horarios deles ficarão restritos ao hórario de menino mimado, das 9 ás 17...Ou pior ainda das 10 ás 18.... Numa actividade em que nós queremos muitas vezes estar lá antes do nascer do sol, e sair já muitas vezes com o sol posto....Estão a ver onde quero chegar...

2- 10 euros por si só é um murro no estomago de quem já tem que pagar 25 euros sequer para aceder á zona...Já não digo a coisa ser gratuita, visto que eu próprio também não acredito em almoços gratuitos, mas pelo menos 5 euros, visto que sinceramente, a menos que as condições mudem muito, 10 euros é um roubo dadas a situação biologica/parasitica/hidrográfica da area...

3 - Ligada em muito á 2ª... 10 Euros para ir apanhar CARRAÇAS? Estão a gozar não? Sendo aquilo uma zona onde a intervenção humana deverá ser minima, duvido que consigam resolver o problema das carraças assim do pé para a mão...

4 - 10 Euros pode ser ainda mais um roubo se os observatórios forem pequenos...Não me estou a ver pagar 10 euros se eu nem sequer tiver espaço para montar um tripé, a minha 500mm e o meu resto de material de suporte, como livros identificadores, banco, e mochila... Isto partindo do principio que somos mais que 2 num abrigo, simplesmente não dará em minha opinião...

5 - Já falei das carraças?=P E então e das melgas e outros creepy crawlies que nos comem vivos a certas horas do dia? Isso consigo eu nos sitios gratuitos=P

Mas de todas o que me preocupa mais é os horarios de utilização daquilo que podem deitar a perder todo o esforço...

Telmo Ribeiro escreveu:
3 - Ligada em muito á 2ª... 10 Euros para ir apanhar CARRAÇAS? Estão a gozar não? Sendo aquilo uma zona onde a intervenção humana deverá ser minima, duvido que consigam resolver o problema das carraças assim do pé para a mão...

A lógica do EVOA e a sua importância é principalmente para os messes de inverno, no inverno não se põem o problema das carraças. Diga-se que espero que estando a zona vedada ao gado o problema resolva-se por si mesmo.

confirma-se a inauguração para 28 de Novembro?

Estive hoje na Lezíria, na seda da ABLGVFX, e fui informado que a data de 28 de Novembro tinha sido cancelada, pois a ministra da agricultura só poderia chegar a partir das 16h00, o que foi considerado demasiado tarde, pois anoitece muito cedo. Ainda não foi confirmada nova data.

JFMeneses escreveu:Estive hoje na Lezíria, na seda da ABLGVFX, e fui informado que a data de 28 de Novembro tinha sido cancelada, pois a ministra da agricultura só poderia chegar a partir das 16h00, o que foi considerado demasiado tarde, pois anoitece muito cedo. Ainda não foi confirmada nova data.

Acho piada a estas justificações.

O espaço está pronto.
Fomos nós que o pagámos. Não podemos lá ir porque uma pessoa que por acaso é ministra tem de lá ir inaugurá-lo? (Já agora uma pessoa a quem também pagamos o ordenado).

É triste, mas é o país que temos.

Penso que ainda faltam uns pormenores pelo que me informou o guarda, na quinta-feira, depois de me ter cruzado com um veículo da empresa construtora.
Quanto ao resto faz parte da encenação...

Não deixa de ser irónico, o EVOA ser inaugurado por alguém que vai acabar com a REN.
Mas, "prontos", há que ter esperança no futuro. Uma coisa é certa, farei 300km de bom grado, até à Lezíria.

A espera ainda é como o outro, todos temos alguma coisa com que nos ocupar até lá em termos de observações...
O que me está mesmo a preocupar é o sistema de aceder ao EVOA, pagamentos, e horarios, e pormenores que simplesmente não nos são ditos, ou discutidos na internet em lugar algum...
Andar a gastar gasolina para não poder estar já no abrigo ao nascer do sol é pessimo, algo que corremos o serio risco de ver acontecer se tivermos que pagar a um homenzinho para poder entrar, e caso esse mesmo senhor não estiver lá a horas...

Isso deixa-me mesmo muito preocupado se querem que vos diga, isso ou que metam um sistema semelhante ao das portagens em que um tipo paga na maquina, e pode entrar e sair á hora que quer... Volto a dizer, só poder entrar no abrigo na melhor das hipoteses ás 9 10 horas, especialmente no inverno, não serve, especialmente quando o sol se está a por ás 17h...

Telmo Ribeiro escreveu:Volto a dizer, só poder entrar no abrigo na melhor das hipoteses ás 9 10 horas, especialmente no inverno, não serve

No Verão também não é grande coisa, pois o sol já vai alto, a luz fica má e o calor manda toda a bicharada para a sombra...

Eu gostava era de saber o que o Faisca nos sabia dizer acerca do assunto, já começo a achar estranho que o Faisca ainda não tenho dito nada=S

Faisca, se leres este topico podes defazer-nos estas duvidas? Que te disseram eles?

Telmo Ribeiro escreveu:
Andar a gastar gasolina para não poder estar já no abrigo ao nascer do sol é pessimo, algo que corremos o serio risco de ver acontecer se tivermos que pagar a um homenzinho para poder entrar, e caso esse mesmo senhor não estiver lá a horas...

Isso deixa-me mesmo muito preocupado se querem que vos diga, isso ou que metam um sistema semelhante ao das portagens em que um tipo paga na maquina, e pode entrar e sair á hora que quer... Volto a dizer, só poder entrar no abrigo na melhor das hipoteses ás 9 10 horas, especialmente no inverno, não serve, especialmente quando o sol se está a por ás 17h...

A hora de entrada e de saída não é tão importante como isso, pelo menos não o é para os observadores, as lagoas vão funcionar fundamentalmente como refugio de maré, por isso o que de facto vai interessar é a maré. Quanto as fotos, bom, isso é outra questão.

Já que se levantou a questão do preço, seria interessante comparar com a prática corrente noutros países europeus. É costume taxar e quanto?

Em Espanha há vários parques nacionais ou reservas em que o acesso aos abrigos é gratuito.

Gonçalo Elias escreveu:
Em Espanha há vários parques nacionais ou reservas em que o acesso aos abrigos é gratuito.

E em Portugal também, Boquilobo, dunas de são Jacinto, paul do taipal e os observatórios do Salreu, só para referir alguns.. O interessante será comparar preços e horários com outros espaços privados, afinal o EVOA não é publico, é privado, ou estou enganado?

o EVOA é uma parceria entre entidades públicas e privadas.

Será uma concessão?

Segundo acabo de ser informado o estatuto oficial que o EVOA assumirá ainda não está completamente definido. Entretanto continua por marcar a inauguração oficial.

Boas

Gonçalo Elias escreveu:o EVOA é uma parceria entre entidades públicas e privadas.

Será uma concessão?

Quando ouço "uma parceria entre entidades públicas e privadas" sinto de imediato um arrepio e "não sei porquê" verifico se ainda tenho a carteira comigo, não tanto como consumidor/utente mas como contribuinte...