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eBird Portugal--tópico geral

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Mensagem por Gonçalo Elias Qua maio 27, 2015 1:18 pm

pedro121 escreveu:
Gonçalo Elias escreveu:Eu pus isto lá atrás mas como eram muitas questões poderá ter-te passado. Como tenho bastante interesse na resposta coloco aqui de novo:

pedro121 escreveu:por exemplo a Torre na serra da estrela é um hotspot, tem >50 listas e 29 espécies, o que de resto deve estar errado, já que algumas não devem ter sido observadas na Torre

Isto já tem mais a ver com a nomenclatura, de qualquer forma e porque isto é importante para a segunda parte da proposta gostaria de saber o que entendes por "não devem ter sido observadas na Torre" - podes explicitar / quntificar?

certo, eu quando fui ver a lista da torre constei que tinha grifo, abute-preto, cegonha-preta etc... ou seja grandes planadores, e fiquei a pensar se teriam sido mesmo vistos na torre ou mais abaixo. e depois especies como perdiz e chamariz que eu tenho dificuldade em imaginar na torre, embora ocorram mais abaixo

bem eu já vi um abutre preto e uma cegonha preta muito perto da torre (iam a passar, é certo, mas foi muito perto). Perdiz tenho de confirmar mas creio que já vi acima dos 1800m, quanto ao serinus não ocorre normalmente mas também pode passar a voar. Aliás no limite tudo pode aparecer, eu já vi um pica-pau-verde junto às pistas de esqui Very Happy
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Mensagem por Paulo Alves Qui maio 28, 2015 12:21 am

pedro121 escreveu:
Gonçalo Elias escreveu:Eu pus isto lá atrás mas como eram muitas questões poderá ter-te passado. Como tenho bastante interesse na resposta coloco aqui de novo:

pedro121 escreveu:por exemplo a Torre na serra da estrela é um hotspot, tem >50 listas e 29 espécies, o que de resto deve estar errado, já que algumas não devem ter sido observadas na Torre

Isto já tem mais a ver com a nomenclatura, de qualquer forma e porque isto é importante para a segunda parte da proposta gostaria de saber o que entendes por "não devem ter sido observadas na Torre" - podes explicitar / quntificar?

certo, eu quando fui ver a lista da torre constei que tinha grifo, abute-preto, cegonha-preta etc... ou seja grandes planadores, e fiquei a pensar se teriam sido mesmo vistos na torre ou mais abaixo. e depois especies como perdiz e chamariz que eu tenho dificuldade em imaginar na torre, embora ocorram mais abaixo

Olha que foram bem perto. Como o protocolo na lista indica, foi uma contagem de percurso, o qual iniciei na Torre. Os abutres passaram em gliding sobre a capela da Senhora da Estrela (que agora possui o seu hotspot mas que na altura não e nem considerei em propor esse local como Hotspot dada a proximidade. Neste momento tem duas listas e 6 espécies!).
A cegonha vi-a entre o Cântaro Magro e a Nossa Senhora da Estrela.

Entretanto fui olhar para o mapa de Hotspots na serra e temos dois na Torre, por exemplo... serão mesmo necessários? Mas lá está...a subjetividade neste assunto é grande.
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 1:59 am

Paulo Alves escreveu:
Entretanto fui olhar para o mapa de Hotspots na serra e temos dois na Torre, por exemplo... serão mesmo necessários? Mas lá está...a subjetividade neste assunto é grande.

Efectivamente, bem um deles para mim já não é na Torre, mas chama-se Torre, o que é algo confuso, algo para os novos revisores de hotspots resolverem! Very Happy Very Happy
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 2:07 am

A questão da Torre é pertinente e desde já esclareceço o segundo hotspot até fui eu que pedi para o criar.

O rationale foi este: a zona da Torre está dividida em dois distritos: Castelo Branco a nascente e Guarda a poente.

Considerando que todos os hotspots são associados a um determinado distrito (e a um concelho), o objectivo do hotspot Torre - nascente foi o de fazer corresponder as observações efectuadas do lado nascente ao distrito em que foram efectuadas. Ou por outra, para evitar que fossem registadas como Guarda algumas observações que efectivamente foram realizadas em Castelo Branco.

O mesmo princípio se aplicaria noutros sítios que estão na fronteira de dois distritos, como por exemplo as Portas de Ródão (Castelo Branco / Portalegre), a ribeira das Enguias (Santarém / Setúbal), Barca d'Alva (Bragança / Guarda), entre outros.
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 3:30 am

Gonçalo Elias escreveu:
Considerando que todos os hotspots são associados a um determinado distrito (e a um concelho), o objectivo do hotspot Torre - nascente foi o de fazer corresponder as observações efectuadas do lado nascente ao distrito em que foram efectuadas. Ou por outra, para evitar que fossem registadas como Guarda algumas observações que efectivamente foram realizadas em Castelo Branco.

Bom, isso para mim não faz nenhum sentido, está-se a dividir os registos feitos num local simplesmente por questões de rankings distritais, não faz sentido e está a diminuir o valor do ponto e dos dados, e nem é viável, quem vai á torre observa aves dos dois lados, literalmente não é possível fazer uma visita normal e observar aves só de um dos lados, se alguém quiser colocar uma lista no outro distrito por questões de ranking cria um ponto pessoal.

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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 5:06 am

Mas concordas que as aves devem ser registadas no distrito em que são observadas, ou não?

Pergunto isto porque tenho a impressão de que essa é uma questão que tu valorizas (nomeadamente no que se refere ao distrito de Leiria, por exemplo).
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 5:23 am

Gonçalo Elias escreveu:Mas concordas que as aves devem ser registadas no distrito em que são observadas, ou não?

Não nestes casos, o local deve ser valorizado não os distritos, quem quer contar aves nos dois distritos que faça um ponto pessoal, a divisão passa a meio da área de observação as aves passam de distrito para distrito, tu passas de distrito para distrito, varias vezes! o Hotspot tem que congregar as listas de toda a área.

Eu devo dizer que este exemplo é para mim particularmente contra natura, é impor uma divisão puramente artificial, que não é pratica, vai dividir os dados e dificultar a analise da ocorrência das aves numa área minúscula, é ridículo que para ver a ocorrência das aves numa rotunda e área envolvente tenha que conjugar as observações de dois hotspots.

Eu sou por principio favorável a mais hotspots e não a menos, mesmo quando as distancias entre eles são pequenas eu posso concordar por serem habitats diferentes, mas neste caso estamos a falar de uma rotunda, a estrada, e o parque de estacionamento, ah, sim e algum terreno adjacente à estrada. Dois hotspots???
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Mensagem por LuisMM Qui maio 28, 2015 5:25 am

Nos casos das "Contagem de percurso", sendo que o local da lista é o ponto de inicio do percurso, ao fazer 1 caminhada de meia dúzia de kilómetros por 1 trilho que passe por vários habitat's diferentes, quase de certeza que vamos ver espécies em habitats diferentes do ponto inicial.

Provavelmente foi o que aconteceu no caso da Torre e certamente acontece noutros locais...

A unica forma que eu vejo de resolver este problema, seria criar vários pontos pessoais ao longo do trilho (passando o protocolo para "contagem estacionária" em cada ponto), em função do tipo de habitat...


Última edição por LuisMM em Qui maio 28, 2015 5:31 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 5:30 am

pedro121 escreveu:Eu sou por principio favorável a mais hotspots e não a menos, mesmo quando as distancias entre eles são pequenas eu posso concordar por serem habitats diferentes, mas neste caso estamos a falar de uma rotunda, a estrada, e o parque de estacionamento, ah, sim e algum terreno adjacente à estrada. Dois hotspots???

Repara que tens a mesma situação na lezíria da Ponta da Erva e na zona de Sagres por exemplo: uma proliferação de hotspots numa área relativamente reduzida, onde o habitat muitas vezes é igual e onde as aves passam de uns hotspots para os outros numa abrir e fechar de olhos.

Vejamos o caso da Lezíria Grande: só na lezíria a sul da Nacional 10 há dezoito hotspots. E só para o EVOA há 4 hotspots, um "geral" e mais um para cada uma das três lagoas. Não é muito diferente do caso da Torre, pois não?

Aliás nem precisamos de ir tão longe, em Peniche tens uma situação idêntica: há um hotspot chamado Porto de Peniche e outro chamado Molhe Leste. Os hotspots são colados, o habitat é idêntico, as aves mexem-se de um sítio para outro. Qual é exactamente a diferença entre esta situação e a da Torre? Não será isto uma divisão puramente artificial também?
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 5:48 am

Gonçalo Elias escreveu:
Aliás nem precisamos de ir tão longe, em Peniche tens uma situação idêntica: há um hotspot chamado Porto de Peniche e outro chamado Molhe Leste. Os hotspots são colados, o habitat é idêntico, as aves mexem-se de um sítio para outro. Qual é exactamente a diferença entre esta situação e a da Torre? Não será isto uma divisão puramente artificial também?

Escolheste mal o exemplo Gonçalo, tinhas outros mais comicos, o molhe e o porto são habitats bem diferentes Gonçalo, o que uma ribeira+caniço+praia+molhe com pedras tem a ver com docas de betão?

Alem de que não consegues ir de um para o outro sem fazer um percurso mínimo de 1200 mt, ou seja tu do molhe podes olhar para dentro do porto mas não podes de facto ir para dentro do porto e vice versa, existem barreiras físicas que te impedem de o fazer.

Eu sinceramente não vejo como é possível defenderes a situação da Torre, é que nesse caso o hotspot foi criado única e exclusivamente para se poder colocar espécies em dois distritos diferentes no mesmo local, não serve mais nenhuma função que não seja aumentar as listas distritais!
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 5:57 am

pedro121 escreveu:Escolheste mal o exemplo Gonçalo, tinhas outros mais comicos, o molhe e o porto são habitats bem diferentes Gonçalo, o que uma ribeira+caniço+praia+molhe com pedras tem a ver com docas de betão?

Eu escolhi deliberadamente um local que conheces bem, porque gostaria de entender bem os teus critérios para o estabelecimento de hotspots.

Tu conheces o sítio muito melhor que eu, de qualquer forma do pouco que conheço do local a ideia que tenho é esta:
- o molhe é feito de pedras e betão, tal como o resto do porto (o molhe oeste), portanto em termos de habitat há sobreposição
- as aves que frequentam o molhe propriamente dito (gaivotas, limícolas, etc) deslocam-se para o porto e vice-versa, portanto o limite entre os dois hotspots não é claro
- quando alguém percorre o molhe regista todas as aves que observa, incluindo as que estão dentro do porto, ou estou a ver mal o filme?
- as aves que estão na ribeira e no caniço não estão no molhe, mas sim na área envolvente; se a ideia é registar as aves que estão na ribeira e no caniço, então se calhar faria mais sentido ter um hotspot "Porto de Peniche" (que incluísse o molhe) e outro "Ribeira de São Domingos", não?
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 7:25 am

Gonçalo Elias escreveu:
- o molhe é feito de betão, tal como o resto do porto (o molhe oeste), portanto em termos de habitat há sobreposição

pois, não, o molhe pode ser de betão, mas as aves não estão no betão, estão nas pedras, particularmente os cal mar, que nunca são vistos noutro lado

Gonçalo Elias escreveu:- as aves que frequentam o molhe propriamente dito (gaivotas, limícolas, etc) deslocam-se para o porto e vice-versa, portanto o limite entre os dois hotspots não é claro

As aves tem asas, o voarem de um lado para o outro que importância tem para a questão? elas tambem vão para as berlengas a voar...

Gonçalo Elias escreveu:- quando alguém percorre o molhe regista todas as aves que observa, incluindo as que estão dentro do porto, ou estou a ver mal o filme?

Tu podes contar as aves que estejam na agua dentro do porto ao pé do molhe, e as que estiverem pousadas nos barcos que estão ao lado do molhe, mas não consegues ver as gaivotas que estão de facto dentro do porto, consegues ver as de alguns cais de desenbarque mas não conta-las ou sequer ver quais as especies.

Gonçalo Elias escreveu: as aves que estão na ribeira e no caniço não estão no molhe, mas sim na área envolvente; se a ideia é registar as aves que estão na ribeira e no caniço, então se calhar faria mais sentido ter um hotspot "Porto de Peniche" (que incluísse o molhe) e outro "Ribeira de São Domingos", não?

Não porque o molhe é sempre trabalhado junto com a ribeira, não consegues fazer o molhe sem a ribeira


De qualquer modo e para voltar a frisar, escolheste mal o exemplo, até porque nem sei bem se eu criei algum dos dois, existem outros hotspots mais questionáveis em Peniche, tanto por estarem muito próximos como por não haver diferenças físicas entre as áreas. Diga-se que eu não criei a maioria dos hotspots de Peniche, eu trabalho com muitos poucos hotspots na zona já que vou sempre aos mesmos sítios fazer sempre o mesmo percurso, muitos dos hotspots foram criados por outros utilizadores por vários motivos.
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 7:38 am

Pedro o exemplo pode não ser o melhor, mas certamente concordas que há sobreposição entre os pontos. Não penses na forma como tu visitas os hotspots, mas sim na forma como qualquer pessoa que lá vá pela primeira vez interpretará o que é que é abrangido por aquele hotspot. Eu da última vez que estive nesse sítio percorri o molhe e vi muitas gaivotas (e outras aves) dentro do porto, não fiz listas separadas do que estava dentro e do que estava fora, nem me parece que isso faça muito sentido.

Mas adiante. O que dizes do exemplo que citei do EVOA?
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Mensagem por António Cláudio Heitor Qui maio 28, 2015 8:21 am

Gonçalo Elias escreveu:

Mas adiante. O que dizes do exemplo que citei do EVOA?

Eu que conheço bem este exemplo estou tentado, mais uma vez a concordar, com o Gonçalo, principalmente porque também sou responsável por alguma dessa confusão, mas porque tenho algumas listas aí e se não me engano limitei-me a "seguir os exemplos". Se tivesse pensado um pouco melhor se calhar teria feito as listas de outra forma.

Ou seja, concordo principalmente com a confusão que esta proliferação de pontos causa em novos utilizadores, que ainda por cima como eu não se deram ao trabalho de ler as FAQ do ebird com atenção, e que muitas vezes, também como eu, tende a fazer listas com "km infindáveis".

Ainda por cima tenho algumas dúvidas que os três pontos do EVOA, quando analisados ao fim de alguns anos, tenham listas muito diferentes.

Fora do EVOA a confusão ainda é maior.

Acho que de facto a tipologia de pontos deveria ser repensada, limitando a "área/dimensão da zona amostrada", tentando criar sim uma fidelização maior das listas aos pontos propriamente ditos.

Cumprimentos
Cláudio

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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 8:26 am

Gonçalo Elias escreveu:Eu da última vez que estive nesse sítio percorri o molhe e vi muitas gaivotas (e outras aves) dentro do porto, não fiz listas separadas do que estava dentro e do que estava fora, nem me parece que isso faça muito sentido.

Sim, e eu também o fazia e faço, mas existe uma sequência de acontecimentos, ou seja os dois pontos não apareceram ao mesmo tempo e pelas mesmas razões, o porto de Peniche foi criado anos depois do molhe leste e foi criado porque quando eu comecei a entrar dentro do porto para observar gaivotas na zona de descarga de peixe criei o ponto para o porto porque como é óbvio não estava no molhe nem a ver aves que estavam no molhe.

Ou seja para mim o molhe é uma secção do Porto, quanto ao que os outros observadores fazem, bem é como tudo, os hotspots tem lógicas de utilização diferentes conforme as pessoas que os utilizam, a tendencia natural é utilizar o porto de Peniche e não separar, eu separo porque para mim são zonas distintas (no sentido em que tem zonas comuns e outras que não são comuns aos dois)

Gonçalo Elias escreveu:Mas adiante. O que dizes do exemplo que citei do EVOA?

Nada claro, tanto pode fazer todo o sentido como pode não fazer sentido algum, fazendo uma analise rápida parecem ter níveis de utilização semelhantes, resta saber se os habitats são diferentes e se as aves que ocorrem também.
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 8:31 am

Gonçalo Elias escreveu:
Eu escolhi deliberadamente um local que conheces bem, porque gostaria de entender bem os teus critérios para o estabelecimento de hotspots.

A propósito dos meus critérios ou falta deles, bom nas poças do Vau eu criei dois hotspots, existem ligeiras diferenças entre ambas, mas na realidade poderiam ser consideradas uma única zona húmida dividida ao meio por uma pastagem, mas na poça da Amoreira apesar da área norte ser muito diferente da área sul eu fiz apenas um hotspot e trato a zona como uma unidade.

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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 8:39 am

pedro121 escreveu:o porto de Peniche foi criado anos depois do molhe leste e foi criado porque quando eu comecei a entrar dentro do porto para observar gaivotas na zona de descarga de peixe criei o ponto para o porto porque como é óbvio não estava no molhe nem a ver aves que estavam no molhe.

Esta parte que escreveste e que eu salientei a negrito é um aspecto interessante.

Entendo que quando estás no porto não estás no molhe nem a ver aves que estão no molhe.
No entanto, parece-me que a mesma lógica não funciona ao contrário: é que quando estás no molhe estás a ver muitas aves que não estão no molhe (algumas delas podem estar no porto, outras na ribeira, no caniçal, etc).

Em tua opinião, a lista de aves vistas num hotspot devem reflectir as aves que se encontravam no hotspot, ou as aves vistas pelo observador que estava no hotspot, mesmo que as aves estivessem fora do hotspot? Acho que este é um aspecto que deve ser clarificado - e deve haver um critério global para isto.

pedro121 escreveu:Ou seja para mim o molhe é uma secção do Porto, quanto ao que os outros observadores fazem, bem é como tudo, os hotspots tem lógicas de utilização diferentes conforme as pessoas que os utilizam

Pois têm, mas não deveriam ter. Ou melhor, deveria haver uma lógica global de utilização dos hotspots, mas não há (e isso nota-se quer nos critérios de criação de hotspots, quer na respectiva terminologia).


pedro121 escreveu:
Nada claro, tanto pode fazer todo o sentido como pode não fazer sentido algum, fazendo uma analise rápida parecem ter níveis de utilização semelhantes, resta saber se os habitats são diferentes e se as aves que ocorrem também.

Pessoalmente acho que nem devia haver hotspots por habitats. Acho que é uma abordagem demasiado confusa, ainda por cima num país com as características do nosso. Mas este é um ponto a que voltarei mais tarde.
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 9:11 am

Gonçalo Elias escreveu:
No entanto, parece-me que a mesma lógica não funciona ao contrário: é que quando estás no molhe estás a ver muitas aves que não estão no molhe (algumas delas podem estar no porto, outras na ribeira, no caniçal, etc).

Certo porque o molhe (área) começa desde o estacionamento até á ponta, a maioria das aves que estou a ver no estão no molhe em si.

Gonçalo Elias escreveu:Em tua opinião, a lista de aves vistas num hotspot devem reflectir as aves que se encontravam no hotspot, ou as aves vistas pelo observador que estava no hotspot, mesmo que as aves estivessem fora do hotspot? Acho que este é um aspecto que deve ser clarificado - e deve haver um critério global para isto.

Há um critério para isso e está algures nas instruções, as aves são contadas no sitio onde estás, portanto tu contas as aves para o hotspot em que estás no momento em que vês a ave.

pedro121 escreveu:
Pois têm, mas não deveriam ter. Ou melhor, deveria haver uma lógica global de utilização dos hotspots, mas não há (e isso nota-se quer nos critérios de criação de hotspots, quer na respectiva terminologia).

Não é facil haver, porque depois entram os diferentes tipos de contagem, de percurso, estacionaria ou de área

pedro121 escreveu:
Pessoalmente acho que nem devia haver hotspots por habitats. Acho que é uma abordagem demasiado confusa, ainda por cima num país com as características do nosso.

Pois, eu acho que é a abordagem mais simples e eficaz, vê o que aconteceria na área da ponta da erva se a divisão fosse por habitat, terias basicamente 3-5 hotspots, fora evoa.

Por falar nisso, a poça dos cavalos deixou de existir, por isso esse hotspot deixou de ser valido, ou seja essa zona húmida passou a ser um tipo diferente de zona húmida um campo de arroz, lá se foram os temmincks...
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 9:26 am

pedro121 escreveu:Pois, eu acho que é a abordagem mais simples e eficaz, vê o que aconteceria na área da ponta da erva se a divisão fosse por habitat, terias basicamente 3-5 hotspots, fora evoa.

Na minha óptica isso não seria bom - seria ÓPTIMO.

Eu acho que ter os hotspots segregados por habitat não é uma boa abordagem - oportunamente explicarei melhor as razões que me levam a pensar assim.

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Mensagem por António Cláudio Heitor Qui maio 28, 2015 9:33 am

pedro121 escreveu:
Pois, eu acho que é a abordagem mais simples e eficaz, vê o que aconteceria na área da ponta da erva se a divisão fosse por habitat, terias basicamente 3-5 hotspots, fora evoa.

Classificar os pontos por habitat sem lhes conferir uma "utilidade" não tem lógica. Antes de entrarem nessa discussão, voltem à base: qual o objectivo de ter "pontos quentes"? É para análises estatísticas? Para ajudar os observadores a gerir as suas visitas, seja para armazenar dados, seja para que os mais inexperientes possam ter uma ajuda sobre onde e quando ir e o que podem ver?

Mesmo assim, ainda antes da vossa discussão do habitat têm de acertar sobre os "limites dos próprios pontos": é possível ter um ponto com 60km e/ou 4 horas de duração?

Depois de definirem um ou dois tipos de "pontos quentes" então aí passem para essa discussão, de outra forma fica um pouco estéril.

Cumprimentos
Cláudio

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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 10:08 am

António Cláudio Heitor escreveu:
Mesmo assim, ainda antes da vossa discussão do habitat têm de acertar sobre os "limites dos próprios pontos": é possível ter um ponto com 60km e/ou 4 horas de duração?

Depois de definirem um ou dois tipos de "pontos quentes" então aí passem para essa discussão, de outra forma fica um pouco estéril.

Tu estas a confundir pontos com listas, um ponto não tem extensão, nem duração, um ponto é um local ou uma área.


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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 10:34 am

pedro121 escreveu:
António Cláudio Heitor escreveu:
Mesmo assim, ainda antes da vossa discussão do habitat têm de acertar sobre os "limites dos próprios pontos": é possível ter um ponto com 60km e/ou 4 horas de duração?

Depois de definirem um ou dois tipos de "pontos quentes" então aí passem para essa discussão, de outra forma fica um pouco estéril.

Tu estas a confundir pontos com listas, um ponto não tem extensão, nem duração, um ponto é um local ou uma área.

Exactamente, um ponto é um local ou uma área. Não é um habitat.

A grande maioria das pessoas quando vai ver aves não vai prospectar um habitat específico. Vai visitar um dado local (como todos os habitats que dele fazem parte). Em Portugal, que é um país de habitats muito fragmentados, a maioria dos locais não tem apenas um habitat, tem uma data deles todos misturados. Não faz sentido estar a segregar os dados por habitat (excepto em casos muito particulares em que esteja a ser feito um estudo de um determinado habitat, mas isto é a excepção e não a regra - a maioria dos observadores não anda a fazer estudos de habitat, logo esta segregação por habitats não traz grande valor acrescentado, pelo contrário).

Vê por exemplo a lagoa de Óbidos. Para além da lagoa tens sapal, pastagem, caniçal, matos, pinhal, tudo ao molho. Quem usa o sítio "Lagoa de Óbidos" (seja a área geral ou seja por exemplo o braço da Barrosa) provavelmente vai registar uma lista única para este local. Imagina o que era eu ir à lagoa de Óbidos e fazer cinco listas de espécies segregadas por habitat (lagoa, pinhal, caniçal, matos e pastagem) e depois claro teria de haver hotspots para todos estes habitats. Já viste a confusão que se instalava?
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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 10:43 am

Gonçalo Elias escreveu:Imagina o que era eu ir à lagoa de Óbidos e fazer cinco listas de espécies segregadas por habitat (lagoa, pinhal, caniçal, matos e pastagem) e depois claro teria de haver hotspots para todos estes habitats. Já viste a confusão que se instalava?

Certo, claro que sim, mas isso não invalida que se criem pontos por habitat, não no sentido que referes, mas para zonas distintas dentro de uma área, se em castro verde criares um hotspot para uma lagoa é verdade que estas a criar um hotspot para aquele local mas ele é criado porque o habitat é muito diferente da zona envolvente, os conceitos para mim não são mutuamente exclusivos, são complementares.

Em Peniche se eu agora criar um hotspot para as dunas entre Peniche e Baleal estou a criar um hotspot para uma área, mas essa área também corresponde a um habitat.

A poça dos cavalos na ponta da erva, era um local, mas também era um habitat diferente do evolvente.



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Mensagem por pedro121 Qui maio 28, 2015 10:52 am

António Cláudio Heitor escreveu:
Classificar os pontos por habitat sem lhes conferir uma "utilidade" não tem lógica. Antes de entrarem nessa discussão, voltem à base: qual o objectivo de ter "pontos quentes"? É para análises estatísticas? Para ajudar os observadores a gerir as suas visitas, seja para armazenar dados, seja para que os mais inexperientes possam ter uma ajuda sobre onde e quando ir e o que podem ver?

Para tudo isso e para mais ainda, o objectivo fundamental é agregar as listas de um dado local numa ferramenta que permita uma fácil analise e visualização das espécies que ocorrem, o ponto fundamental é que sejam sítios de livre acesso, tudo o resto é relativo, mas um hotspot tem que estar num sitio de acesso publico mesmo que condicionado.

Não precisa de ter muitas espécies
Não precisa de ter muitas listas
Pode ter só espécies comuns

O que eu acho é que devem promover a agregação de listas e não a desagregação de listas e que por isso hotspots em locais de habitat homogéneos devem ser vistos com cuidado, a Ponta da Erva é o sitio clássico para se fazer essa analise, mas Castro Verde também é giro porque são sítios onde as contagens são tendencialmente de percurso e de percurso longos, acima dos 5 km, logo a tendência é usar os pontos mais abrangentes, portanto só se justifica os pontos específicos que são efectivamente usados pelos utilizadores.


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Mensagem por Gonçalo Elias Qui maio 28, 2015 11:21 am

pedro121 escreveu:
Para tudo isso e para mais ainda, o objectivo fundamental é agregar as listas de um dado local numa ferramenta que permita uma fácil analise e visualização das espécies que ocorrem

De acordo, e por isso é que não convém desagregar em demasia porque isso dificulta a análise. Eu até acho que em sítios com a dimensão da lagoa de óbidos ou a lagoa de albufeira só deviam ter um hotspot cada.

E sítios como a Lezíria Grande não deviam ter mais de 3 ou 4 (tipo um geral, um para o EVOA e eventualmente um para os arrozais).

E já nem vou falar de Sagres, porque aí é o granel total Rolling Eyes - como é que fazes uma análise de padrões de ocorrência num sítio que em vez de ter um hotspot tem catorze???
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