ESPÉCIE: Felosa-pálida (Iduna opaca)

A foto foi em Santiago do Cacém. Parece um bicho muito interessante, de facto.
Eu não vejo qualquer amarelo.

Uma vez há muitos anos (1991 ou 1992, creio), durante uma sessão de anilhagem na ria de Alvor, capturámos uma Hippolais muito pálida, exactamente com estas cores.

Claro que fiquei logo entusiasmado com a perspectiva de ser uma opaca (na altura 'pallida'), mas depois de analisar a fórmula alar concluiu-se que era uma polyglotta extremamente clara. A fórmula alar não deixou margem para dúvidas, nem havia sobreposição possível.

Desde então para cá passei a encarar com algumas reservas a identificação desta espécie com base apenas na cor da plumagem.

Que outros critérios, para além deste e da voz, vos parecem relevantes / determinantes?

Gonçalo Elias escreveu:achas que sim? eu já vi poliglotas muito deslavadas e esta parece ter nuances de amarelo na face

Exacto, as poliglotas podem ser incrivelmente deslavadas, quase sem amarelo, resta saber se podem se-lo nesta idade?

Gonçalo Elias escreveu:
Desde então para cá passei a encarar com algumas reservas a identificação desta espécie com base apenas na cor da plumagem.

Que outros critérios, para além deste e da voz, vos parecem relevantes / determinantes?

Varios, obviamente que a cor é o que chama a atenção, mas depois tens a voz, estrutura, bico e formula alar, diga-se que neste caso a foto é boa o suficiente para dar algumas ideia sobre a formula alar

No caso desta ave ela tem para mim dois problemas, o bico e a cor das patas, mas é sem duvida uma ave que merece alguma atenção.

O observador colocou mais fotos da mesma ave, nas outras fotos é claramente uma poliglota.

https://www.flickr.com/photos/lcmj/20266638236/in/dateposted/

Grande diferença!

PNicolau escreveu:Grande diferença!

Mesmo! viste as outras duas?

pedro121 escreveu:

PNicolau escreveu:Grande diferença!

Mesmo! viste as outras duas?

Sim, o que a luz/edição faz!

O que é certo é que 2015 continua sem um único registo da felosa...

pedro121 escreveu:O que é certo é que 2015 continua sem um único registo da felosa...

Verdade, mas qual foi o esforço de prospecção dirigida em locais favoráveis?

Gonçalo Elias escreveu:
Verdade, mas qual foi o esforço de prospecção dirigida em locais favoráveis?

Andaram algumas pessoas à procura em vários locais, não de forma sistemática, e há muito sitio para haver alguns casais perdidos, sem falar nas migradoras.

Sim, eu estive em locais favoráveis.. Incluindo um local onde terei de voltar. E com o Atlas, andou bastante gente no campo.

Claro que, com esta espécie, não existe "demasiado esforço".

PNicolau escreveu:

pedro121 escreveu:

PNicolau escreveu:Grande diferença!

Mesmo! viste as outras duas?

Sim, o que a luz/edição faz!

Proponho ao Gonçalo que nos pedidos de identificação, para além de local e da data da foto, passasse a ser igualmente obrigatório incluir uma escala de cores da Kodak, mas só para as espécies mais problemáticas. Para as gaivotas seria igualmente útil acrescentar uma escala de cinzentos.

Aqui vai um exemplo, ainda é só um treino.

Matthias, não percebo se isto é a sério ou a brincar...

Gonçalo Elias escreveu:Matthias, não percebo se isto é a sério ou a brincar...

Hum...agora sou eu que pergunto: estás a falar a sério ou a brincar?

Tissot escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:Matthias, não percebo se isto é a sério ou a brincar...

Hum...agora sou eu que pergunto: estás a falar a sério ou a brincar?

Epá... já nem sei...

Ele queria era mostrar mais uma vez a foto que tirou da ferreirinha

Estou chocado com estes comentários que mancham a minha credibilidade. Já percorri um longo caminho para chegar à foto que postei. Comecei por usar aviões de papel de vários tipos mas, mesmo com técnicas avançadas de Origami, nunca consegui resultados satisfatórios, a trajectória dos aviões era sempre muito aleatória. Passei depois a usar pombos, tive muitos, mas também não obtive bons resultados e tive que os soltar. Tentei depois com um falcão peregrino mas, ora espantava os meus alvos ao ser avistado, ora perseguia os pombos que tinha libertado e nunca consegui obter uma foto. Contactei o “emplastro” do Porto, devido às suas capacidades inatas em aparecer diante das câmeras e por detrás de alvos específicos, mas ele recusou uma proposta minha porque tinha acabado de assinar um contracto de exclusividade com o FCP, para trabalhar no departamento de relações públicas. Parei para pensar durante algum tempo e tive subitamente outra ideia peregrina depois de ver um documentário sobre drones, mas era uma tecnologia muito cara e só disponível para fins militares. Pensei então, porque não fazer um drone português? Elaborei um projecto, ao mesmo tempo que tirei um curso de Engenharia Aeronáutica na Universidade Lusófona (precisei somente 1 ano para acabar a licenciatura, porque tive muitas equivalências graças aos meus conhecimentos de Origami aplicados à aeronáutica), e apresentei o mesmo à Marinha Portuguesa. Eles apreciaram o meu CV e o projecto de final de curso, mas responderam que não tinham fundos para suportar o projecto porque ainda estavam a pagar uns submarinos. Mas qual é o meu espanto quando um dia vejo, num noticiário na televisão, o voo inaugural do primeiro drone da marinha, exactamente com o mesmo design que apresentei no projecto…bem dizer voo é um eufemismo, porque até os meus aviões de papel voavam melhor. Mas reconheço, que desenvolveram um drone com uma capacidade de voo picado superior ao peregrino que tive. Quando liguei para eles a pedir satisfações por terem utilizado a minha ideia, responderam que eu deveria estar enganado porque a ideia de construir um drone para a marinha não tinha sido minha, mas sim dum tal P. Coelho.  
Desiludido, deixei a ideia de lado durante algum tempo até que os drones começaram a estar disponíveis e a um preço muito acessível. Estou na fase de testes, mas ainda é difícil pilotar o drone e segurar a máquina fotográfica ao mesmo tempo.
Bem sei que com o meu avatar é difícil darem-me alguma credibilidade, mas espero que este meu testemunho inverta a situação. Em resposta ao Sr. Paulfer...sim é novamente uma foto da ferreirinha, mas não sei fotografar mais nenhuma espécie e como esta é muito confiante é mais fácil para mim obter resultados durante os treinos. E tenho dito…

Eu cá acho que são cunhas e desvio de dinheiros

pedro121 escreveu:
Andaram algumas pessoas à procura em vários locais, não de forma sistemática, e há muito sitio para haver alguns casais perdidos, sem falar nas migradoras.

Por mim, gostava de saber em que lugares foram procuradas. Ou para intensificar nesse local ou até mesmo procurar noutros onde ninguém foi

Paulfer escreveu:

pedro121 escreveu:
Andaram algumas pessoas à procura em vários locais, não de forma sistemática, e há muito sitio para haver alguns casais perdidos, sem falar nas migradoras.

Por mim, gostava de saber em que lugares foram procuradas. Ou para intensificar nesse local ou até mesmo procurar noutros onde ninguém foi

Do meu ponto de vista a melhor abordagem passará por identificar os locais onde a ocorrência da espécie seja mais provável (independentemente de já ter sido procurada lá em tempos recentes ou não).

Tissot escreveu:Estou chocado com estes comentários que mancham a minha credibilidade. Já percorri um longo caminho para chegar à foto que postei. Comecei por usar aviões de papel de vários tipos mas, mesmo com técnicas avançadas de Origami, nunca consegui resultados satisfatórios, a trajectória dos aviões era sempre muito aleatória. Passei depois a usar pombos, tive muitos, mas também não obtive bons resultados e tive que os soltar. Tentei depois com um falcão peregrino mas, ora espantava os meus alvos ao ser avistado, ora perseguia os pombos que tinha libertado e nunca consegui obter uma foto. Contactei o “emplastro” do Porto, devido às suas capacidades inatas em aparecer diante das câmeras e por detrás de alvos específicos, mas ele recusou uma proposta minha porque tinha acabado de assinar um contracto de exclusividade com o FCP, para trabalhar no departamento de relações públicas. Parei para pensar durante algum tempo e tive subitamente outra ideia peregrina depois de ver um documentário sobre drones, mas era uma tecnologia muito cara e só disponível para fins militares. Pensei então, porque não fazer um drone português? Elaborei um projecto, ao mesmo tempo que tirei um curso de Engenharia Aeronáutica na Universidade Lusíada (precisei somente 1 ano para acabar a licenciatura, porque tive muitas equivalências graças aos meus conhecimentos de Origami aplicados à aeronáutica), e apresentei o mesmo à Marinha Portuguesa. Eles apreciaram o meu CV e o projecto de final de curso, mas responderam que não tinham fundos para suportar o projecto porque ainda estavam a pagar uns submarinos. Mas qual é o meu espanto quando um dia vejo, num noticiário na televisão, o voo inaugural do primeiro drone da marinha, exactamente com o mesmo design que apresentei no projecto…bem dizer voo é um eufemismo, porque até os meus aviões de papel voavam melhor. Mas reconheço, que desenvolveram um drone com uma capacidade de voo picado superior ao peregrino que tive. Quando liguei para eles a pedir satisfações por terem utilizado a minha ideia, responderam que eu deveria estar enganado porque a ideia de construir um drone para a marinha não tinha sido minha, mas sim dum tal P. Coelho.  
Desiludido, deixei a ideia de lado durante algum tempo até que os drones começaram a estar disponíveis e a um preço muito acessível. Estou na fase de testes, mas ainda é difícil pilotar o drone e segurar a máquina fotográfica ao mesmo tempo.
Bem sei que com o meu avatar é difícil darem-me alguma credibilidade, mas espero que este meu testemunho inverta a situação. Em resposta ao Sr. Paulfer...sim é novamente uma foto da ferreirinha, mas não sei fotografar mais nenhuma espécie e como esta é muito confiante é mais fácil para mim obter resultados durante os treinos. E tenho dito…

Caro Dr. Matthias,

Estou impressionadíssimo com o seu CV e desde já me penitencio por ter posto em causa a credibilidade do seu post.
Peço-lhe que aceite as minhas desculpas e desde já me comprometo a não reincidir em semelhantes atitudes, pelo menos nas próximas duas horas.

Respeitosos cumprimentos.

Paulfer escreveu:

pedro121 escreveu:
Andaram algumas pessoas à procura em vários locais, não de forma sistemática, e há muito sitio para haver alguns casais perdidos, sem falar nas migradoras.

Por mim, gostava de saber em que lugares foram procuradas. Ou para intensificar nesse local ou até mesmo procurar noutros onde ninguém foi

Eu estive em alguns pontos da Ribeira de  Odeleite, sendo que estive num local muito promissor... À uma da tarde.  Mas chamei durante muito tempo.
Fora isso, fui chamando sempre que via tamariscal mais ou menos denso em alguns pontos na Ribeira, no concelho de Alcoutim.

O esforço foi baixo, mas podia ter eventualmente dado com uma.