Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
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Fórum Aves :: Aves :: Aves de Portugal
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Samuel Patinha escreveu:Eu não sou um bom exemplo. Mas falando de mim, eu ultimamente (alguns anos mais recentes) praticamente só coloco fotos de aves mais raras, quer para validar registos quer por ter perdido algum tempo com alguma espécie em concreto.
Como referi acima, para mim o mais relevante não é o que faz o observador A, B ou C e sim o padrão global, que reflecte a tendência da comunidade como um todo.
Samuel Patinha escreveu:Ou seja, cada ano é um ano e acho que não se consegue extrapolar assim este género de dados. Dá para fazer comparações mas não sei até que ponto dá para se tirar conclusões.
Certo, as conclusões são um bocado especulativas.
A minha conclusão especulativa é a de que começa a haver algum cansaço por parte de muitos observadores em estar sempre a carregar informação na plataforma e por isso estão a colocar muito menos fotos e listas no ano em curso.
A minha interpretação igualmente especulativa para esse suposto cansaço é que muitas pessoas não vêem qualquer utilidade em estar a ter esse trabalho todo a carregar essa informação se depois ninguém faz nada com ela.
No caso específico das fotos, há um factor adicional a ter em conta: quem tira fotos e as partilha na net, gosta de ter feedback, reacções, comentários, validação. O eBird não oferece isso (ou melhor oferece os ratings mas quase ninguém os usa portanto na prática é como se não existissem). Por isso, quem procura esse tipo de retorno mais facilmente se volta para as redes sociais onde obtém muito mais reacções. E saliento que esta parte sobre as fotos não é especulativa, porque conheço casos concretos - e não me refiro a mim.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Francisco Pires gosta desta mensagem
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Mas isso das fotos no ebird/ redes sociais sempre foi assim. Não foi algo que mudou recentemente. Porque é que houve então esse boom inicial?Gonçalo Elias escreveu:
Certo, as conclusões são um bocado especulativas.
A minha conclusão especulativa é a de que começa a haver algum cansaço por parte de muitos observadores em estar sempre a carregar informação na plataforma e por isso estão a colocar muito menos fotos e listas no ano em curso.
A minha interpretação igualmente especulativa para esse suposto cansaço é que muitas pessoas não vêem qualquer utilidade em estar a ter esse trabalho todo a carregar essa informação se depois ninguém faz nada com ela.
No caso específico das fotos, há um factor adicional a ter em conta: quem tira fotos e as partilha na net, gosta de ter feedback, reacções, comentários, validação. O eBird não oferece isso (ou melhor oferece os ratings mas quase ninguém os usa portanto na prática é como se não existissem). Por isso, quem procura esse tipo de retorno mais facilmente se volta para as redes sociais onde obtém muito mais reacções. E saliento que esta parte sobre as fotos não é especulativa, porque conheço casos concretos - e não me refiro a mim.
No meu ponto de vista não tem muita lógica. Diria mais que para quem faz coleção, de espécies fotografadas por ex, quem já tem as comuns, não anda a fazer esforço para colocar novamente as mesmas espécies a não ser que tenha conseguido fotos significativamente melhores entretanto, o que faz com que haja uma grande quantidade de fotos no início e depois essa tenda a diminuir...
Samuel Patinha- Número de Mensagens : 889
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:Samuel Patinha escreveu:Eu não sou um bom exemplo. Mas falando de mim, eu ultimamente (alguns anos mais recentes) praticamente só coloco fotos de aves mais raras, quer para validar registos quer por ter perdido algum tempo com alguma espécie em concreto.
Como referi acima, para mim o mais relevante não é o que faz o observador A, B ou C e sim o padrão global, que reflecte a tendência da comunidade como um todo.
Eu sinceramente acho que não temos uma amostragem substancialmente significante para tirar conclusões globais uma vez que uma pequena parte dos observadores são responsáveis por uma grande percentagem dos dados. Tendo como ponto de partida Aveiro. Os 4 observadores com mais listas este ano correspondem a 37% das listas. Se por algum motivo que seja (pessoal/profissional/aborrecimento com a plataforma, seja o que for) deixarem de fazer listas, o efeito é massivo. E o observador A, B e C podem não reflectir a tendência da comunidade como um todo mas têm um peso muito grande. Não é algo que se dilua no todo.
Samuel Patinha- Número de Mensagens : 889
Local : Aveiro
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pcaseirito gosta desta mensagem
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Samuel Patinha escreveu:Mas isso das fotos no ebird/ redes sociais sempre foi assim. Não foi algo que mudou recentemente.
Pois não. Mas talvez quando as pessoas começaram a carregar fotos no eBird não tivessem bem noção disso ou da utilidade das fotos carregadas.
Samuel Patinha escreveu:Porque é que houve então esse boom inicial?
Não sei as razões, mas posso especular: moda, ir na onda, competição, novidade, curiosidade...?
Samuel Patinha escreveu:No meu ponto de vista não tem muita lógica.
Eu não escrevi em lado nenhum que isto tinha lógica. - Estou a analisar e a interpretar o que vejo. Ha que ter a mente aberta.
Samuel Patinha escreveu:Diria mais que para quem faz coleção, de espécies fotografadas por ex, quem já tem as comuns, não anda a fazer esforço para colocar novamente as mesmas espécies a não ser que tenha conseguido fotos significativamente melhores entretanto, o que faz com que haja uma grande quantidade de fotos no início e depois essa tenda a diminuir...
Não faço ideia se as pessoas andam no eBird por coleccionismo. Se calhar andam e se for esse o caso da maioria, provavelmente muitos deles poderão vir a usar cada vez menos.
Para os novos utilizadores, não sei o que os moverá, uma vez que em termos de competição o eBird é agora uma plataforma pouco interessante (os lugares cimeiros são virtualmente inatingíveis para quem comece a usar nesta altura)
Samuel Patinha escreveu:Eu sinceramente acho que não temos uma amostragem substancialmente significante para tirar conclusões globais uma vez que uma pequena parte dos observadores são responsáveis por uma grande percentagem dos dados. Tendo como ponto de partida Aveiro. Os 4 observadores com mais listas este ano correspondem a 37% das listas. Se por algum motivo que seja (pessoal/profissional/aborrecimento com a plataforma, seja o que for) deixarem de fazer listas, o efeito é massivo. E o observador A, B e C podem não reflectir a tendência da comunidade como um todo mas têm um peso muito grande. Não é algo que se dilua no todo.
A amostra é o que é. Mas aparentemente quando a tendência era de subida, a dimensão da amostra não constituiu um obstáculo a que se considerasse que a utilização estava em forte expansão. Isso só passa a ser uma questão quando os números descem?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Deixo agora aqui uma outra comparação, que é a do número de listas e de espécies registadas em PT no Global Big Day, o qual tem lugar anualmente no segundo sábado de Maio, desde 2015.
Para cada um destes dias globais indica-se o número total de listas e o número de espécies observadas.
O número máximo de espécies foi atingido em 2016 e é importante referir que nesse ano eu e o Pedro Nicolau mobilizámos toda a gente a nível nacional para visitar diferentes locais do território e registar todas as espécies possíveis e para garantir que nada, ou quase nada, ficava por ver. No anos seguintes não voltou a haver um esforço concertado nesse sentido e por isso o recorde de espécies de 2016 nunca mais foi batido.
Quanto ao número de listas: 2016 figura no top 3, o que mostra que esse ano continua a ser uma referência, mesmo sabendo que na altura havia muito menos gente a usar o ebird. Isto para mim constitui uma evidência de que quando há iniciativa de mobilizar os observadores para uma iniciativa conjunta com um objectivo claro, as pessoas aderem. Nos anos seguintes o número de listas no big day oscilou. Atingiu um máximo em 2021, em linha com o máximo anual nacional registado nesse ano, e depois teve uma quebra expressiva de 35% em 2022, caindo para valores de 2017, tanto em número de listas como em número de espécies. Aparentemente o Global Big Day não tem conseguido mobilizar os observadores em PT para fazerem um esforço adicional de observação.
Para cada um destes dias globais indica-se o número total de listas e o número de espécies observadas.
O número máximo de espécies foi atingido em 2016 e é importante referir que nesse ano eu e o Pedro Nicolau mobilizámos toda a gente a nível nacional para visitar diferentes locais do território e registar todas as espécies possíveis e para garantir que nada, ou quase nada, ficava por ver. No anos seguintes não voltou a haver um esforço concertado nesse sentido e por isso o recorde de espécies de 2016 nunca mais foi batido.
Quanto ao número de listas: 2016 figura no top 3, o que mostra que esse ano continua a ser uma referência, mesmo sabendo que na altura havia muito menos gente a usar o ebird. Isto para mim constitui uma evidência de que quando há iniciativa de mobilizar os observadores para uma iniciativa conjunta com um objectivo claro, as pessoas aderem. Nos anos seguintes o número de listas no big day oscilou. Atingiu um máximo em 2021, em linha com o máximo anual nacional registado nesse ano, e depois teve uma quebra expressiva de 35% em 2022, caindo para valores de 2017, tanto em número de listas como em número de espécies. Aparentemente o Global Big Day não tem conseguido mobilizar os observadores em PT para fazerem um esforço adicional de observação.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
E por fim uma análise que ainda faltava fazer: o número total de listas em PT agregadas por mês para os últimos 5 anos.
O ano ainda não terminou e o desfecho não é certo mas parece-me improvável que Dezembro vá além das 5000 listas e por isso muito dificilmente o valor total do ano ficará acima do do ano anterior.
Olhando para os totais mensais, verifica-se que dos 11 meses precedentes, houve 7 em que o número de listas de 2022 não superou o de 2021, tendo esse total sido superado apenas em quatro: Janeiro, Fevereiro, Setembro e Outubro - sendo que nos dois primeiros meses de 2021 tinha havido confinamentos com fortes restrições à circulação.
Eu mantenho a minha visão de que o número de listas em PT está a estagnar e só mudarei de opinião se em 2023 forem feitos novos máximos absolutos em mais de metade dos meses do ano (isto é, em pelo menos 7) e se o total global anual superar o anterior máximo anual em pelo menos 5% - tomando 2021 como referência isso significa um mínimo de 66222 listas completas.
O ano ainda não terminou e o desfecho não é certo mas parece-me improvável que Dezembro vá além das 5000 listas e por isso muito dificilmente o valor total do ano ficará acima do do ano anterior.
Olhando para os totais mensais, verifica-se que dos 11 meses precedentes, houve 7 em que o número de listas de 2022 não superou o de 2021, tendo esse total sido superado apenas em quatro: Janeiro, Fevereiro, Setembro e Outubro - sendo que nos dois primeiros meses de 2021 tinha havido confinamentos com fortes restrições à circulação.
Eu mantenho a minha visão de que o número de listas em PT está a estagnar e só mudarei de opinião se em 2023 forem feitos novos máximos absolutos em mais de metade dos meses do ano (isto é, em pelo menos 7) e se o total global anual superar o anterior máximo anual em pelo menos 5% - tomando 2021 como referência isso significa um mínimo de 66222 listas completas.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Como novato, autodidata e pessoa com pouca disponibilidade, eu gosto de usar o eBird apesar de não ter hipótese (pelo menos durante a próxima década) de ganhar a competição de maior número de listas ou de espécies... (mas vou-me divertindo a tornar-me top nos hotspots urbanos em meu redor)
E como novato e mal-equipado, também não é pela qualidade "national geographic" das minhas fotos que faço o upload... (mas vou-me divertindo a povoar as listas ilustradas dos hotspots onde sou habitual)
Não vejo o eBird como uma rede social nem como uma plataforma de competição entre birders. Competição entre birders é novidade para mim e estou naquela idade em que já me fartei de redes sociais porque sou jovem e comecei na altura do myspace, mas demasiado velho para alinhar em instagrams e tiktoks. O eBird, aos meus olhos, é uma plataforma com duas funções
- registo pessoal de dados (com canalização/organização desses dados para a comunidade científica).
- consulta de dados regionais/locais, para encontrar bons spots, saber quando aparece uma raridade, conhecer o que esperar num local pouco conhecido.
Este segundo papel é super relevante para quem começa sozinho e sem acompanhamento - nem imaginam! Um guia de aves tradicional, uns binóculos, uma câmara xpto ou um telescópio não têm mais utilidade do que uma lista atualizada do que é espectável encontrar, com base no que foi visto nas últimas semanas por pessoas experimentadas.
São estas as potencialidades base do eBird e que ele nunca irá perder. O resto: rating de fotos, global big day, best year, são manobras de marketing. São boas manobras de marketing, porque motivam alguns e porque alargam a base de utilizadores e espero que continuem a existir e que venham mais ideias.
O que me parece que o Gonçalo está a tentar ilustrar, com as suas análises, é que não há em Portugal o devido esforço de marketing (ou, pelo menos, de circulação de informação sobre o eBird). E acho que a questão que começou este "debate" era precisamente nesse sentido: Como é possível que em quase uma dezena de fotógrafos/observadores, apenas um novato como eu estivesse a usar a plataforma?
E como novato e mal-equipado, também não é pela qualidade "national geographic" das minhas fotos que faço o upload... (mas vou-me divertindo a povoar as listas ilustradas dos hotspots onde sou habitual)
Não vejo o eBird como uma rede social nem como uma plataforma de competição entre birders. Competição entre birders é novidade para mim e estou naquela idade em que já me fartei de redes sociais porque sou jovem e comecei na altura do myspace, mas demasiado velho para alinhar em instagrams e tiktoks. O eBird, aos meus olhos, é uma plataforma com duas funções
- registo pessoal de dados (com canalização/organização desses dados para a comunidade científica).
- consulta de dados regionais/locais, para encontrar bons spots, saber quando aparece uma raridade, conhecer o que esperar num local pouco conhecido.
Este segundo papel é super relevante para quem começa sozinho e sem acompanhamento - nem imaginam! Um guia de aves tradicional, uns binóculos, uma câmara xpto ou um telescópio não têm mais utilidade do que uma lista atualizada do que é espectável encontrar, com base no que foi visto nas últimas semanas por pessoas experimentadas.
São estas as potencialidades base do eBird e que ele nunca irá perder. O resto: rating de fotos, global big day, best year, são manobras de marketing. São boas manobras de marketing, porque motivam alguns e porque alargam a base de utilizadores e espero que continuem a existir e que venham mais ideias.
O que me parece que o Gonçalo está a tentar ilustrar, com as suas análises, é que não há em Portugal o devido esforço de marketing (ou, pelo menos, de circulação de informação sobre o eBird). E acho que a questão que começou este "debate" era precisamente nesse sentido: Como é possível que em quase uma dezena de fotógrafos/observadores, apenas um novato como eu estivesse a usar a plataforma?
Francisco Pires gosta desta mensagem
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Bruno Morais escreveu:O eBird, aos meus olhos, é uma plataforma com duas funções
- registo pessoal de dados (com canalização/organização desses dados para a comunidade científica).
- consulta de dados regionais/locais, para encontrar bons spots, saber quando aparece uma raridade, conhecer o que esperar num local pouco conhecido.
Totalmente de acordo. Aliás eu comecei e usar o eBird com um triplo objectivo: ter um backup dos registos tinha em papel; colocar a minha informação à disposição da comunidade; poder pesquisar a minha própria informação de uma forma rápida e eficaz.
Bruno Morais escreveu:O que me parece que o Gonçalo está a tentar ilustrar, com as suas análises, é que não há em Portugal o devido esforço de marketing (ou, pelo menos, de circulação de informação sobre o eBird). E acho que a questão que começou este "debate" era precisamente nesse sentido: Como é possível que em quase uma dezena de fotógrafos/observadores, apenas um novato como eu estivesse a usar a plataforma?
Eu apenas constato, baseando-me na redução do número de listas e de fotos, que está a haver um abrandamento do entusiasmo que havia nos anos anteriores. E associo essa perda de entusiasmo a dúvidas (legítimas) sobre a utilidade da informação.
Repara, eu continuo a inserir listas no eBird todas as semanas, mas no meu caso posso afirmar que sempre que insiro uma lista, qualquer que ela seja, faço-o com um objectivo muito bem definido. Não se trata de achar que vai ter utilidade: sei que vai ter utilidade para mim e para o tipo de informação que estou a recolher. Em cada dia eu escolho os locais onde vou observar em função do tipo de informação que procuro, geralmente associado a um projecto que estou a desenvolver. Saliento que eu registo tudo o que vejo desde há 35 anos, já o fazia exactamente desta forma e com o mesmo tipo de objectivos muito antes de haver eBird.
Contudo, não é para mim evidente que toda a gente sinta o mesmo quando insere listas no eBird. Se um qualquer observador, a dado momento, achar que não tem um motivo claro para estar a ter aquele trabalho de registar e inserir listas, é natural que ao fim de algum tempo deixe de o fazer e que prefira observar aves de forma mais descontraída sem ter de se preocupar com listas de espécies ou com números.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Malta, a discussão está gira, mas se calhar não deveríamos incluir as fotos, porque temos mais uma variável, que é o facto de haver um desfasamento entre o tirar a foto e o colocar a foto o que torna a analise dúbia, como de resto já foi dito por utilizadores que colocam fotos.
Pessoalmente acho que faz sentido analisar as listas completas, por serem o melhor indicador da utilização do eBird, sendo tudo o resto secundário.
Quanto ao numero de listas, parece-me que está a haver uma estabilização, ou seja a tendência é haver oscilações anuais, mas a media ser estável, porque há uma diminuição do numero de listas submetidos por alguns observadores que é para já compensada pela entrada de novos observadores, mas tal não acontece em todo o lado, logo há quedas locais.
Pessoalmente acho que faz sentido analisar as listas completas, por serem o melhor indicador da utilização do eBird, sendo tudo o resto secundário.
Quanto ao numero de listas, parece-me que está a haver uma estabilização, ou seja a tendência é haver oscilações anuais, mas a media ser estável, porque há uma diminuição do numero de listas submetidos por alguns observadores que é para já compensada pela entrada de novos observadores, mas tal não acontece em todo o lado, logo há quedas locais.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
pedro121 escreveu:Malta, a discussão está gira, mas se calhar não deveríamos incluir as fotos, porque temos mais uma variável, que é o facto de haver um desfasamento entre o tirar a foto e o colocar a foto o que torna a analise dúbia, como de resto já foi dito por utilizadores que colocam fotos.
Pessoalmente acho que faz sentido analisar as listas completas, por serem o melhor indicador da utilização do eBird, sendo tudo o resto secundário.
Quanto ao numero de listas, parece-me que está a haver uma estabilização, ou seja a tendência é haver oscilações anuais, mas a media ser estável, porque há uma diminuição do numero de listas submetidos por alguns observadores que é para já compensada pela entrada de novos observadores, mas tal não acontece em todo o lado, logo há quedas locais.
Concordo contigo, o número de fotos não será o melhor indicador (embora também seja útil, na minha opinião). A razão de eu ter feito a análise das fotos é porque é muito mais rápida uma vez que consegues de forma imediata obter o número total para qualquer local e ano ou mês à escolha.
No caso das listas completas, o número total não está publicamente disponível e é necessário estar a anotar os parciais de cada semana e a somá-los, dá um bocado mais de trabalho mas também se chega lá.
Quanto à entrada de novos observadores, isso é sem dúvida um factor a ter em conta, como aliás já referi. O que ainda não referi mas que me parece que poderá ser relevante é a participação de estrangeiros, que nos dois anos anteriores tinham um peso quase nulo (devido às restrições sobre as viagens aos estrangeiro) e que agora representam uma fatia crescente do número de listas, pelo menos nalgumas regiões. Não fiz ainda uma análise disto, que aliás não é nada fácil de fazer, mas tenho a sensação de que a diminuição da utilização por parte de portugueses está ser compensada em parte pelo maior número de listas feitas por turistas vindos de fora, o que no cômputo global ajuda à tal estabilização global no número de listas - mas que não nos deve impedir de ver o óbvio: os portugueses estão a ficar menos entusiasmados com o eBird.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:
Quanto à entrada de novos observadores, isso é sem dúvida um factor a ter em conta, como aliás já referi. O que ainda não referi mas que me parece que poderá ser relevante é a participação de estrangeiros, que nos dois anos anteriores tinham um peso quase nulo (devido às restrições sobre as viagens aos estrangeiro) e que agora representam uma fatia crescente do número de listas, pelo menos nalgumas regiões. Não fiz ainda uma análise disto, que aliás não é nada fácil de fazer, mas tenho a sensação de que a diminuição da utilização por parte de portugueses está ser compensada em parte pelo maior número de listas feitas por turistas vindos de fora, o que no cômputo global ajuda à tal estabilização global no número de listas - mas que não nos deve impedir de ver o óbvio: os portugueses estão a ficar menos entusiasmados com o eBird.
Pelo contrario, em Leiria se 2020/2021 for um indicador, houve um aumento percentual muito grande das listas de estrangeiros, basicamente porque os Espanhois não saíram da Europa, e vieram muitos para aqui. Em 2022 o efeito parece-me menor, isto falando dos registos que tive para rever.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Alguns comentários relativamente ao uso dos dados:
1 - os dados globais (incluem dados de PT) são utilizados por exemplo para gerar esta informação de estatuto e tendências populacionais:
https://science.ebird.org/en/status-and-trends/species/redkit1/abundance-map
2 - os dados PT foram utilizados como na definição de áreas de contagem de censos dirigidos, por exemplo contagem de dormitórios de C. monedula, e no censo de A. flammeus.
3 - os dados do Atlas são inseridos no eBird.
Há com certeza outros exemplos.
1 - os dados globais (incluem dados de PT) são utilizados por exemplo para gerar esta informação de estatuto e tendências populacionais:
https://science.ebird.org/en/status-and-trends/species/redkit1/abundance-map
2 - os dados PT foram utilizados como na definição de áreas de contagem de censos dirigidos, por exemplo contagem de dormitórios de C. monedula, e no censo de A. flammeus.
3 - os dados do Atlas são inseridos no eBird.
Há com certeza outros exemplos.
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
HL escreveu:Alguns comentários relativamente ao uso dos dados:
1 - os dados globais (incluem dados de PT) são utilizados por exemplo para gerar esta informação de estatuto e tendências populacionais:
https://science.ebird.org/en/status-and-trends/species/redkit1/abundance-map
2 - os dados PT foram utilizados como na definição de áreas de contagem de censos dirigidos, por exemplo contagem de dormitórios de C. monedula, e no censo de A. flammeus.
3 - os dados do Atlas são inseridos no eBird.
Há com certeza outros exemplos.
1 - certo, incluem dados de PT embora não seja uma análise específica para PT, era a isso que me referia
2 - de acordo, embora depois os resultados do censo não se baseassem directamente no eBird, parece-me
3 - neste caso não se trata de "usar os dados do eBird", e sim o processo inverso: era obrigatório usar o eBird para inserir os dados do atlas, nomeadamente das visitas sistemáticas, isto tendo como objectivo transferir o processo de inserção de dados para o utilizador (ao contrário do que sucedeu em projectos anteriores, em que as fichas eram preenchidas em papel e a inserção era feita pelos "serviços centrais"; portanto no que diz respeito ao atlas a utilização aumentou como resultado de uma decisão administrativa e não de forma espontânea. Como o atlas terminou, esse efeito irá, possivelmente, desaparecer e causar uma diminuição do número de listas (apenas em época de reprodução).
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
pedro121 escreveu:Pelo contrario, em Leiria se 2020/2021 for um indicador, houve um aumento percentual muito grande das listas de estrangeiros, basicamente porque os Espanhois não saíram da Europa, e vieram muitos para aqui. Em 2022 o efeito parece-me menor, isto falando dos registos que tive para rever.
É possível, infelizmente é muito difícil obter informação quantitativa sobre isto portanto para já ficamo-nos pela percepção.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:
3 - neste caso não se trata de "usar os dados do eBird",.
O Atlas supostamente utilizou todos os dados do eBird, ou seja os resultantes de visitas não inseridas nos trabalhos do atlas foram também usados.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:HL escreveu:Alguns comentários relativamente ao uso dos dados:
1 - os dados globais (incluem dados de PT) são utilizados por exemplo para gerar esta informação de estatuto e tendências populacionais:
https://science.ebird.org/en/status-and-trends/species/redkit1/abundance-map
2 - os dados PT foram utilizados como na definição de áreas de contagem de censos dirigidos, por exemplo contagem de dormitórios de C. monedula, e no censo de A. flammeus.
3 - os dados do Atlas são inseridos no eBird.
Há com certeza outros exemplos.
1 - certo, incluem dados de PT embora não seja uma análise específica para PT, era a isso que me referia
2 - de acordo, embora depois os resultados do censo não se baseassem directamente no eBird, parece-me
3 - neste caso não se trata de "usar os dados do eBird", e sim o processo inverso: era obrigatório usar o eBird para inserir os dados do atlas, nomeadamente das visitas sistemáticas, isto tendo como objectivo transferir o processo de inserção de dados para o utilizador (ao contrário do que sucedeu em projectos anteriores, em que as fichas eram preenchidas em papel e a inserção era feita pelos "serviços centrais"; portanto no que diz respeito ao atlas a utilização aumentou como resultado de uma decisão administrativa e não de forma espontânea. Como o atlas terminou, esse efeito irá, possivelmente, desaparecer e causar uma diminuição do número de listas (apenas em época de reprodução).
4- Por experiência própria e de outros colegas, algumas avaliações ambientais (ex. Impacte Ambiental) têm incluído dados do ebird. E mesmo quando não são explicitamente citados, podem ser consultados num screening inicial, o que também ajuda a despistar algumas aves mais sensíveis a ser eventualmente confirmadas no terreno (i.e. direccionar o esforço de campo).
(tendo em conta o bom trabalho dos revisores que tenho contactado, apesar do cariz voluntário, os dados dão alguma segurança, particularmente nos registos mais invulgares)
pedro121 escreveu:
Bem, há uma variedade de razões, a mais simples é não ter aparecido nada digno de nota. Isso acontece-me, quando vou a um dos meus locais costumeiros, sítios onde tenho centenas de listas, muitas vezes não faço lista se só estiverem presentes as espécies regulares.
Ás vezes também faço isso, mas sinto que estou a fazer batota e a distorcer os dados. Não sei como cientificamente os investigadores gerem este biase .
Última edição por Agostinho_MRCM em Seg Dez 05, 2022 8:24 am, editado 4 vez(es)
Agostinho_MRCM- Número de Mensagens : 454
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:
Eu apenas constato, baseando-me na redução do número de listas e de fotos, que está a haver um abrandamento do entusiasmo que havia nos anos anteriores. E associo essa perda de entusiasmo a dúvidas (legítimas) sobre a utilidade da informação.
E em que te baseias para associar essa perda de entusiasmo (suposta) a dúvidas sobre a utilidade da informação?
É que a informação é util aos observadores, aos que inserem os dados, acho que não passa pela cabeça de ninguém quando vai para uma zona nova não usar o ebird para ver quais os melhores locais, que espécies são possíveis de ver etc. Portanto, perante uma demonstração constante da utilidade dos dados a nível pessoal, para as pessoas que fazem listas, porque seria que elas teriam duvidas sobre a utilidade da mesma quando estão constantemente a recorrer à mesma para seu proveito?
Última edição por pedro121 em Seg Dez 05, 2022 8:19 am, editado 1 vez(es)
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:Deixo agora aqui uma outra comparação, que é a do número de listas e de espécies registadas em PT no Global Big Day, o qual tem lugar anualmente no segundo sábado de Maio, desde 2015.
Para cada um destes dias globais indica-se o número total de listas e o número de espécies observadas.
O número máximo de espécies foi atingido em 2016 e é importante referir que nesse ano eu e o Pedro Nicolau mobilizámos toda a gente a nível nacional para visitar diferentes locais do território e registar todas as espécies possíveis e para garantir que nada, ou quase nada, ficava por ver. No anos seguintes não voltou a haver um esforço concertado nesse sentido e por isso o recorde de espécies de 2016 nunca mais foi batido.
Quanto ao número de listas: 2016 figura no top 3, o que mostra que esse ano continua a ser uma referência, mesmo sabendo que na altura havia muito menos gente a usar o ebird. Isto para mim constitui uma evidência de que quando há iniciativa de mobilizar os observadores para uma iniciativa conjunta com um objectivo claro, as pessoas aderem. Nos anos seguintes o número de listas no big day oscilou. Atingiu um máximo em 2021, em linha com o máximo anual nacional registado nesse ano, e depois teve uma quebra expressiva de 35% em 2022, caindo para valores de 2017, tanto em número de listas como em número de espécies. Aparentemente o Global Big Day não tem conseguido mobilizar os observadores em PT para fazerem um esforço adicional de observação.
Completamente irrelevante , porque como dizes e muito bem está completamente dependente de haver incentivos extra para se fazer esforço nesse dia, caso contrario não há provavelmente uma grande mobilização, a única vantagem desse indicador é que é o mais fácil de consultar, fora isso duvido que demonstre alguma coisa para além da obvia, se alguém puxar pela malta haverá mais listas, mas isso é NESSE DIA, e nada reflecte sobre a utilização global da plataforma.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Francisco Pires e Samuel Patinha gostam desta mensagem
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
pedro121 escreveu:O Atlas supostamente utilizou todos os dados do eBird, ou seja os resultantes de visitas não inseridas nos trabalhos do atlas foram também usados.
Não usou "todos". Só usou os registos que tinham código de nidificação associado. Os restantes foram descartados.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
pedro121 escreveu:E em que te baseias para associar essa perda de entusiasmo (suposta) a dúvidas sobre a utilidade da informação?
Não me baseio em nada. É especulativo.
O que sei é que o interesse pela observação de aves em PT não está a diminuir e contudo o número de listas no eBird não aumenta.
E o que também sei é que há pessoas que observam aves regularmente e que costumavam inserir os dados e agora deixam de inserir com tanta regularidade.
Pode ser pelos motivos que apresentaste para o teu caso pessoal (não veres nada fora do vulgar) ou pode ser por outros motivos quaisquer.
Repara, uma pessoa só vai ter o trabalho de inserir dados de forma continuada numa de duas situações: ou tem um objectivo concreto para o fazer (tipo haver um projecto, ou ter o desejo de fazer parte de um ranking. etc) ou então não tem objectivo nenhum em concreto. Se for o primeiro caso, provavelmente irá continuar enquanto esse objectivo existir, mas no segundo caso pode chegar a uma altura em que essa pessoa se questiona porque é que está a ter esse trabalho todo, nomeadamente se não estiver a conseguir entender para que é que aquilo serve. Eu creio (é especulativo) que há muita gente que se encontra na segunda situação.
pedro121 escreveu:É que a informação é util aos observadores, aos que inserem os dados, acho que não passa pela cabeça de ninguém quando vai para uma zona nova não usar o ebird para ver quais os melhores locais, que espécies são possíveis de ver etc. Portanto, perante uma demonstração constante da utilidade dos dados a nível pessoal, para as pessoas que fazem listas, porque seria que elas teriam duvidas sobre a utilidade da mesma quando estão constantemente a recorrer à mesma para seu proveito?
Tens alguma razão, mas vamos ser pragmáticos: quando as pessoas procuram informação (nomeadamente quando vão a locais diferentes, etc) essa busca é direccionada às espécies mais raras, ou a aves que não ocorrem na sua região de residência. É por isso que os registos dessas espécies em muitos casos continuam a ser inseridos, até porque contam para os rankings pessoais do país, da região, do ano etc. Portanto há algum interesse em pesquisar avistamentos de espécies escassas ou raras.
Mas uma coisa é inserir (de forma casual) um registo ou dois de uma raridade ou de uma espécie diferente / nova, outra coisa é estar continuamente a inserir listas com melros, chapins, pintassilgos e quejandos. Isto dá trabalho e por isso muita gente, seja por falta de pachorra, seja por dúvidas sobre a utilidade destas listas iguais umas às outras, seja por outra razão qualquer, simplesmente deixa de as fazer, como aliás admites ser o teu caso. No fundo a questão pode ser resumida desta forma "mas eu estou a ter este trabalho todo para quê??"
pedro121 escreveu:Completamente irrelevante , porque como dizes e muito bem está completamente dependente de haver incentivos extra para se fazer esforço nesse dia, caso contrario não há provavelmente uma grande mobilização, a única vantagem desse indicador é que é o mais fácil de consultar, fora isso duvido que demonstre alguma coisa para além da obvia, se alguém puxar pela malta haverá mais listas, mas isso é NESSE DIA, e nada reflecte sobre a utilização global da plataforma.
Podes continuar a desvalorizar os exemplos que apresento, seja o caso das fotos, seja o caso do big day, seja outro exemplo qualquer.
É certo que são apenas indicadores mas todos apontam no mesmo sentido: a utilização do eBird em Portugal não está a aumentar, esta é a minha interpretação e até já referi acima o que é que me fará mudar de opinião.
Foram dados neste tópico alguns exemplos de utilização dos dados. Admito que nalguns casos nem eu sabia deles (noutros sabia). O caso do atlas é um exemplo interessante, mas o projecto terminou portanto essa utilização não terá continuação. As outras aplicações foram pontuais, pelo que percebi.
Claro que eu posso estar enganado e as pessoas que usam o eBird estarem todas muitíssimo informadas sobre a utilidade dos dados. Pode simplesmente estar a acontecer que esteja a haver menos gente a ir ver aves e que a menor utilização do eBird seja uma consequência disso mesmo. Não me parece que seja o caso, mas...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:
Não me baseio em nada. É especulativo.
OK.
Gonçalo Elias escreveu: O que sei é que o interesse pela observação de aves em PT não está a diminuir e contudo o número de listas no eBird não aumenta.
De acordo
Gonçalo Elias escreveu:E o que também sei é que há pessoas que observam aves regularmente e que costumavam inserir os dados e agora deixam de inserir com tanta regularidade.
Pode ser pelos motivos que apresentaste para o teu caso pessoal (não veres nada fora do vulgar) ou pode ser por outros motivos quaisquer.
Não, repara, o meu motivo é falta de interesse (mas não há razão para isso) o que me leva a superar a falta de interesse é haver algo digno de nota.
Gonçalo Elias escreveu:mas no segundo caso pode chegar a uma altura em que essa pessoa se questiona porque é que está a ter esse trabalho todo, nomeadamente se não estiver a conseguir entender para que é que aquilo serve. Eu creio (é especulativo) que há muita gente que se encontra na segunda situação.
Repara, tu estás a querer à força que haja uma razão para a diminuição de esforço, no meu caso não houve, eu simplesmente comecei a fazer menos listas, sem uma razão para isso, simplesmente não me apetece. Encontra uma pessoa que tenha começado a fazer menos listas porque não está a conseguir entender para que é que aquilo serve, gostava de perceber as suas motivações.
Gonçalo Elias escreveu: Podes continuar a desvalorizar os exemplos que apresento, seja o caso das fotos, seja o caso do big day, seja outro exemplo qualquer.
É certo que são apenas indicadores mas todos apontam no mesmo sentido: a utilização do eBird em Portugal não está a aumentar, esta é a minha interpretação e até já referi acima o que é que me fará mudar de opinião.
Eu não estou a desvalorizar, o que estou a fazer é focar a discussão no que interessa, nº de listas completas.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
pedro121 escreveu:Repara, tu estás a querer à força que haja uma razão para a diminuição de esforço, no meu caso não houve, eu simplesmente comecei a fazer menos listas, sem uma razão para isso, simplesmente não me apetece.
Não te apetecer também é um motivo
pedro121 escreveu:Encontra uma pessoa que tenha começado a fazer menos listas porque não está a conseguir entender para que é que aquilo serve, gostava de perceber as suas motivações.
Conheço casos de pessoas que deixaram de submeter fotos porque não obtinham qualquer feed-back das fotos e porque acham que aquele sistema de avaliação das estrelas é facilmente manipulável. Tratando-se de pessoas que submetem listas essencialmente por causa das fotos, simplesmente deixaram de submeter regularmente.
Mas vou ver se encontro alguém que corresponda à situação que descreves e que vai ao encontro do motivo que especulativamente sugeri.
pedro121 escreveu:Eu não estou a desvalorizar, o que estou a fazer é focar a discussão no que interessa, nº de listas completas.
Certo, vamos continuar a ver o que acontece em termos de listas completas.
Como referi acima, isto dá algum trabalho mas por outro lado acho que vale a pena porque é muito esclarecedor a vários níveis. Dá trabalho, mas faz-se, portanto irei juntando aqui algumas comparações novas com listas completas à medida que for conseguindo.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25660
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Quanto às fotos, se houver mais gente a avaliar então as supostas manipulações diminuem. Também é preciso que se entenda como é feita a avaliação, eu diria que uma grande parte dos utilizadores não sabe como aplicar a pontuação.
Eu diria que em Portugal há um crescimento de interresse em fotografar aves. O crescimento em ebirders (utilizadores assíduos) deve ser bem menor.
Eu diria que em Portugal há um crescimento de interresse em fotografar aves. O crescimento em ebirders (utilizadores assíduos) deve ser bem menor.
Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
Gonçalo Elias escreveu:
Conheço casos de pessoas que deixaram de submeter fotos porque não obtinham qualquer feed-back das fotos e porque acham que aquele sistema de avaliação das estrelas é facilmente manipulável. Tratando-se de pessoas que submetem listas essencialmente por causa das fotos, simplesmente deixaram de submeter regularmente.
Pronto, essa é efetivamente uma questão estrutural, mas lembro que:
1) o eBird não é uma plataforma para fotos, as fotos que estão no ebird servem funções uteis.
2) O sistema de classificação é claro, objetivo e publico e infelizmente não é seguido pela maioria, daí as aberrações classificativas que aparecem.
3) "porque não obtinham qualquer feed-back das fotos" e não é suposto terem, se precisam de palmadinhas nas costas (e todos precisamos) tem o Instagram.
Ps: Razão para deixar de submeter listas, conflictos com os revisores, esta é simplesmente estranha, mas acho que a maioria não entende realmente como funciona o eBird.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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Re: Reflexões de um novato (e autodidata) - o e-bird...
HL escreveu:Quanto às fotos, se houver mais gente a avaliar então as supostas manipulações diminuem. Também é preciso que se entenda como é feita a avaliação, eu diria que uma grande parte dos utilizadores não sabe como aplicar a pontuação..
Não sabe, a classificação é dada com base nas amizades e no espirito da cultura dos likes.
pedro121- Número de Mensagens : 16049
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