Registos invulgares - Algarve

PNicolau escreveu:
E este distrito não pode ter só um revisor distrital, tem de ser particionado, na minha opinião.

Eu não concordo de todo com isso, para começar porque já tem 2 revisores.

A questão em sítios como o Algarve não passa necessariamente por mais revisores, não passa porque não é necessariamente uma questão de volume de trabalho (embora neste caso seja) é pelo tipo de trabalho! O Algarve obriga a muito contacto com observadores, e não é com observadores regulares com os quais se estabelecem relações ao longo dos anos e já se sabe com o que se conta. Não, o Algarve tem para-quedistas, e muitos e isso é complicado.

Mas reparem, Beja tem também muitos para-quedistas, tem se calhar ainda mais diversidade de habitats do que o Algarve e safa-se com um revisor e só tem um Filtro.

Faro tem dois revisores, e 2 filtros, e perguntam-me, como resolver Faro? pois, se calhar é melhor pensar no seguinte, há duas coisas que dão mesmo muito trabalho no eBird, uma é fazer e afinar filtros e outra é contactar observadores.

Eu sou o tipo de revisor certo para afinar filtros, gosto, para mim é um passatempo agradável. Gasto horas nisso e estou sempre a divertir-me!!

Mas falar com observadores? Prefiro cortar os pulsos!

Faro precisa de alguém que corte e afine, e precisa de alguém para contactar.

A divisão de tarefas não precisa de ser feita em termos de tu ficas com esta área e eu fico com aquela.

Pois... e como dizer, não é assim tão inverosímil que o caso que o Pedro descreve esteja já a ocorrer.

Os problemas do Algarve vão muito para além do caso da gralha. Esse é um dos casos mais evidentes, mas fosse esse o único caso e estaria tudo bem.

São frequentes os casos de listas mal inseridas, outros em que claramente há espécies mal identificadas que passam nos filtros; isso tem implicações grandes na distribuição das espécies, porque a distribuição apresentada para as espécies não tem a ver com a distribuição real.

Exemplos típicos: Porphyrio, P. aristotelis, aquáticas em geral em que as listas são inseridas nos salgados ou na Quinta do Lago ou em Albufeira e na verdade não sabemos onde é que as observações foram feitas, etc. Também há muitos problemas em diversos passeriformes residentes em que a maioria dos registos fora da área de distribuição conhecida foram feitos por estrangeiros.

Insisto que são necessários filtros distritais, quanto mais não fosse para separar o barlavento do sotavento e o litoral do interior. Não faz sentido, mas não faz mesmo, alguém inserir um registo de P. aristotelis ou de C. corone ou de C. monedula em Tavira, Olhão ou Faro e a observação ser aceite normalmente e entrar nos mapas sem ser retida em qualquer filtro. Tal como não faz sentido que observações de Alaudala rufescens em Vilamoura ou de Emberiza cirlus em Albufeira ou Faro sejam aceites sem descrição. Não faz sentido, e se alguém achar que faz, então não está preocupado com o rigor da informação apresentada no ebird.

Eu já expus a situação (telefonicamente) ao coordenador do eBird há quase um ano. E já lhe dei a minha opinião sobre o assunto. Infelizmente, está tudo na mesma. E com o passar os anos e o avolumar de registos, a tendência é para o caos ser cada vez maior.

Não me considero uma pessoa pessimista, mas nesta situação eu já não tenho grande expectativa de que os problemas com o ebird no Algarve venham a ser resolvidos (nem num futuro próximo, nem num futuro alargado). Como diz um indivíduo que eu conheço, "é viver com isto"...

Gonçalo Elias escreveu:Os problemas do Algarve vão muito para além do caso da gralha. Esse é um dos casos mais evidentes, mas fosse esse o único caso e estaria tudo bem.

São frequentes os casos de listas mal inseridas, outros em que claramente há espécies mal identificadas que passam nos filtros; isso tem implicações grandes na distribuição das espécies, porque a distribuição apresentada para as espécies não tem a ver com a distribuição real.

Exemplos típicos: Porphyrio, P. aristotelis, aquáticas em geral em que as listas são inseridas nos salgados ou na Quinta do Lago ou em Albufeira e na verdade não sabemos onde é que as observações foram feitas, etc. Também há muitos problemas em diversos passeriformes residentes em que a maioria dos registos fora da área de distribuição conhecida foram feitos por estrangeiros.

Insisto que são necessários filtros distritais,

Queres dizer abaixo do distrito. Mas ninguém discute isso, a minha argumentação é que a questão não se resolve com mais revisores, resolve-se com filtros e com muito trabalho, aumentar o numero de revisores não é uma solução em si mesma, tu podes ter revisores e mais revisores e não resultar. Ou podes ter menos revisores e resultar. depende muito dos revisores, da disponibilidade, do que gostam de fazer.

Sim, queria dizer filtros concelhios.

Quanto à questão de haver mais revisores ou não... bem, eu não escrevi nada acerca desse assunto.

Pois mas teres revisores para diferentes concelhos ajuda a reduzir a carga e melhorar a qualidade da revisão.

https://ebird.org/checklist/S83117665

Lista geral despejada no concelho de Tavira. Deve ser invalidada